quarta-feira, 25 de maio de 2011

«Dance, dance... otherwise we are lost»

Depois da barbárie das imagens de ontem, valha-nos a arte para limpar a alma.
Estas sim, são imagens em movimento que valem a pena.

Onde estamos?

Como é possível seres humanos rirem da desgraça alheia, verem uma jovem a ser brutalmente espancada, não agirem e filmarem com o telemóvel?! Se fosse uma cena da «Laranja Mecânica», do Stanley Kubrick, ainda acreditava, mas aqui tive de ver para crer. Não me costumo emocionar, mas não consegui não ficar perturbado ao ver algo que não é ficção, nem filme, nem sequer uma novela. Se estes são os jovens que dentro de um ou dois anos vão votar, então prefiro que nem o façam ou que votem em branco. Não creio que estas sejam pessoas que alguma vez possam vir a ter valores ou a estar preparadas para decidir algo. Se estes valores agora não estão consolidados, nunca mais estarão. Não coloco aqui o vídeo, porque é demasiado mau, mas apenas um excerto do Telejornal. Escrevo este post não por uma questão mórbida, mas apenas para se perceber o quão mórbido pode ser o homem. Nos sites noticiosos está o vídeo completo. Noutras circunstâncias, nunca apelaria ao visionamento de imagens destas. Neste caso, trata-se de uma questão cívica para perceber que paradigma atravessamos.



Mais aqui.

domingo, 15 de maio de 2011

Erros meus, má fortuna, amor ardente... ou nem tanto...

Não sei se será do destino, se será defeito, se será outra coisa qualquer, mas invariavelmente dou por mim a gostar de pessoas que, quase sempre, estão distantes.

Desde pequeno, sempre convivi com as separações: a família, além de pequena, sempre esteve repartida por aqui e ali, muitas vezes a mais de 300 quilómetros. Posso dizer que ao longo da minha vida já devo ter mudado de local de vida (num sentido lato, em termos de distância) umas boas cinco vezes.

Talvez este facto tenha contribuído para a formação da minha personalidade e esteja agora a influenciar as minhas escolhas. Ao longo dos meus 29 anos, posso dizer que gostei a sério de duas/três pessoas.

Sim, o número não é inteiro por culpa minha que, a uma determinada altura, não soube decidir se aquilo que sentia era ou não paixão, mas acreditem que isso me serviu de lição (hoje em dia acho que não é bem assim, mas os caranguejos gostam de arcar com sentimentos de culpa).

Anyway: it happened again... ou seja, aqui dou eu por mim uma vez mais a gostar de uma pessoa que está longe 300 quilómetros (às vezes penso que é igualmente por uma questão de resguardo). Não sei se, para já, a correspondência é mútua, mas não vou criar expectativas (promessas, diz a moral ao ouvido).

Acho notáveis e dou muito apreço às situações do Speedy, do Pinguim e do Psimentos – bloggers que acompanho diariamente –, que são uma prova inspiradora de que a distância não é mais do que uma questão de quilómetros desenhados no mapa. Mas tenho medo que quem está do outro lado da barricada não o compreenda, como já aconteceu uma vez.

Sou capaz de acreditar de que as distâncias são ultrapassáveis. Mas ainda é tudo tão prematuro. E não gosto nada de me sentir como um adolescente. Mas sempre soube que cresci depressa de mais.

sábado, 14 de maio de 2011

Peço desculpa...

Devido ao «apagão» do blogger, na quinta-feira e na sexta-feira, houve comentários que se perderam. Garanto que não foi censura da minha parte. Os textos ainda foram repostos pelo Blogspot. O resto já não.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Política sexual



Eu só gostaria de dar alguma animação à discussão: «pentelhos» ou «pintelhos»?

Por via das dúvidas fui à fonte:

pentelho (â ou ê)
(pente + -elho)
s. m.
Infrm. Cada um dos pêlos! que cobrem o púbis.

Ah, Eduardo Catroga, o que eu (não) aprendo com a política!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Interrogação

Se Bin Laden morreu, será que agora se acaba com o argumento colectivo do terror mundial? Ou vai criar-se uma nova personagem igualmente maléfica? Para variar, agora podia ser uma personagem no feminino. Só para dar um pouco de animação à coisa. Ataques com batons. Tipas reféns em salões de beleza. Sequestros em cabeleireiros. Era muito mais saudável (sim, estou a ser um nadinha sexista).

domingo, 1 de maio de 2011

«Pluma leve», o seu próximo programa

Tenho de dar a mão à palmatória, porque até achei piada ao «Peso Pesado», que este domingo estreou na SIC.

Mas deixo desde já uma ideia para um novo programa: «Pluma anoréctica», unicamente feito por pessoas anorécticas e com aversão à comida. Um reality show com as cenas de vómito colectivo, o pânico ao açúcar e a fobia ao prato de doces. No fundo, a questão é a mesma: um problema de relação com a comida.

Estou para aqui a falar, mas eu sou daquelas pessoas que quando abre um pacote de bolachas não as posso ter ao meu lado, sob pena de comer metade do pacote.



*PS: Obviamente que respeito gordos e magros e que o post deve ser entendido com uma dose de ironia. E sim, dou o corpinho ao manifesto, no ginásio, para depois poder fazer um disparatezinho alimentar de vez em quando. Zinho, ok: de pequenino! LOL Acho que daqui a nada ainda vou entrar no programa que estou a imaginar.