domingo, 11 de dezembro de 2011

O rescaldo do açúcar um ano depois


Não sei se ainda se lembram, mas faz agora um ano que os portugueses pensaram que o mundo ia acabar porque... supostamente iria faltar/acabar/findar o açúcar para os doces de Natal.

Afinal, o que mudou? Nada! Nem com as doses industriais de açúcar armazenadas em casa a malta ficou mais doce no trato. E por isso não me venham com as balelas do Natal.

Peço desculpa por ter esta visão mais crua das coisas, mas fico um pouco revoltado quando me dizem que tenho de fazer isto e aquilo porque é Natal. E o mesmo se passa com os peditórios.

Ok, reconheço que nesta altura as pessoas podem estar mais receptivas a dar e que no meio da fúria consumista (não sei se isto ainda existe por causa da crise...) sempre abrem os cordões à bolsa para este tipo de iniciativas. Mas... as necessidades das pessoas não repartidas por 365 dias por ano?

Não me considerem um monstro, mas há coisas que definitivamente nunca vou entender.
Bom domingo. :)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Para memória futura




Há sempre os dois lados da questão, da barricada e da perspectiva. Mas...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O adjectivo

Não sei bem porquê, mas ando com dificuldade para encontrar um adjectivo para definir a minha vida. Sempre fui uma pessoa que gostei de jogar com os dados certos no tabuleiro mas, à medida que o casulo dos vintes foi avançando, menos essa circunstância se tornou possível. Hoje, os dias estão mais híbridos, as condicionantes para definir algo são mais acentuadas. Sei que não vale a pena esperar que as palavras cheguem, mas a sensação de constante busca também não é confortável. É, aliás, bastante cansativa. Acho que vou esperar. Não sentado, mas agindo em simultâneo. É isso: esperar no rumo da acção. Recorrendo ao cliché, na espuma dos dias.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Afinal...

...a Leopoldina ficou relegada para as causas sociais. Até porque ela era «a dona» dos brinquedos do Continente. Seria muito chato ter de estar a explicar às crianças para onde é que ela tinha ido. Já viram se algum miúdo perguntasse à mãe: «Óoo mãeeeee, a Leopoldina ficou guardada no armário?». Glup! LOL

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Minha cara amiga...

Minha cara amiga Britney Spears:

Já sei que andou a passear com os seus filhotes e a sua cara metade pelo Chiado. Obrigado por incentivar a economia nacional, ao fazer umas compritas. Infelizmente, isso não compensa a sua pegada ecológica: então é preciso trazer 22 camiões e 16 autocarros? Tu ainda não estás assim tão gorda...

Bem, espero que o concerto te corra bem e não abuses dos playbacks. A amiga Madonna também faz isso de vez em quando, enquanto troca de roupa. Mas já sabes... Ela já ganhou todo o estatuto, mesmo com a Lady Gaga a fazer-lhe sombra.

Mas Britneyzinha: a verdade é que fizeste parte da minha idade teenager. Aprendi como se deixa de ser inocente. Lembras-te da música? Sim, eu ouvia de vez em quando, quando ainda estava prestes a largar a idade de teen. Andavas tu assim com uns fatos justos.

Não te maço mais. Bom concerto amanhã. Aqui o Blog Liker não pode ir porque não tem dinheiro para os bilhetes e o Pavilhão Atlântico não fica em caminho. Mas vê lá se fazes mais sucesso do que em Inglaterra.

Porta-te bem (mal), ok?! Vah, o chão do pavilhão precisa de ser limpo. Sim, já imaginas as coreografias que estou a idealizar para ti.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Uma das entrevistas que mais gostei de ouvir nos últimos anos

Na pressa de viver, na pressa de amar e na tentativa de capitalizar tudo na vida, corremos o risco de não nos vermos como o real. Abstraímo-nos. O outro é que é o real. O outro é que tem um rosto, porque não vemos o nosso rosto. Nós não somos o nosso espelho. E só a ideia de memorizar nos permite ter a sensação de que vivemos.
 Nélida Piñon



As palavras são de Nélida Piñon, escritora de origem brasileira, que deu uma entrevista para a Antena 2, no passado dia 3 de Novembro, na rubrica «Última Edição», a propósito da obra «Coração Andarilho».

Deixo-vos aqui o link. Oiçam ou façam o download da entrevista quando tiverem tempo. Verão que o tempo é bem empregue. Não se assustem com a introdução. Passem à entrevista propriamente dita. Mas escutem!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Bem-vindo à casa dos DEgredos!

Prontos, eu não posso ser sempre uma ciclopédia! :P

domingo, 6 de novembro de 2011

Pára tudo!




O amigo «I love my Shoes» já tinha dado a boa nova, mas aqui está a versão definitiva do vídeo.

PS: Ouvi dizer que a Leopoldina está internada com uma grave depressão. Tadita... Será que nem terá direito a aparecer no final de um catálogo? Nem numa campanha de solidariedade?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Apesar de haver má publicidade, há aquela que nos faz descobrir mais alguma coisa, da qual se pode tirar algo de positivo. Essa é talvez a melhor forma de fazer propaganda. E melhor ainda quando o spot passa de publicidade a entretenimento. Isto tudo para falar do anúncio do Renault Mégane, série bose. Lembram-se da música que, por sinal, vem assinalada com o nome do artista em rodapé? Pois aqui está uma excelente descoberta. As honras para a menina Melody Gardot.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Entre o dever, a acção e a razão


Valha-me o feriado para voltar a escrever umas linhas. Na verdade, devo justificar-me. Nas semanas de ausência (sejamos francos, foram mesmo meses) houve tempo de aprendizagem, de mudança, de desafios.

O desafio de ter encontrado um novo trabalho, o desafio de ter de enfrentar novos colegas e modelos de gestão, o desafio de ter mudado de terra em várias dezenas de quilómetros.

Nunca esperei facilidades em nada, mas estes primeiros meses saíram «do couro». Mais pela adaptação. Um processo que não foi nada fácil, mas que se vai travando nas pequenas batalhas diárias, pontuadas com momentos de hostilidade.

Perguntarão os resistentes se esta aparição é para perdurar? Espero que sim, mas não faço grandes promessas. Apenas posso dizer que nas últimas semanas andei em modo piloto, com todos os momentos em que chegava a casa ocupados pela rotina, pela necessária gestão caseira ou pela mais básica necessidade mais básica de dormir (que tem sido muita).

Apesar de tudo, nunca me desvinculei deste canto. Passo por cá quase todas as noites e, consequentemente, pelos vossos espaços, embora com preguiça de fazer login e, portanto, deixar uma marca da minha passagem.

O mais engraçado é que, ao longo do dia, perante determinadas situações, dou por mim a pensar no blogue A, B ou C, quando uma situação do quotidiano assim o dita.

Hoje fico por aqui. Talvez seja um bom presságio hoje termos virado mais uma página do calendário. Apesar de Novembro ser um mês grande, que não me diz nada em particular.

Fica o compromisso de um até já.

domingo, 14 de agosto de 2011

O relatório

Fazendo alusão ao mais recente comentário do meu longínquo último post, o amigo coelho tem razão: estou a ter atitude de político. Ou seja, prometi maior frequência aqui no canto e… não cumpri.

Sobre estas últimas semanas poderia escrever um tratado. Porém, a vontade não foi muita e também não surgirá agora de um momento para o outro.

De qualquer forma, sinto-me na obrigação de dizer que se deveu a questões de trabalho. Já aqui tinha levantado a questão na última entrada. De facto, o desemprego também veio de mansinho e bateu à minha porta. A vontade para dar seguimento a este tipo de projectos – como o blogue – sofreu as consequências colaterais.

As razões da minha saída do sítio onde trabalhava deveram-se à difícil conjuntura das empresas e do país, mas o processo não foi pacífico. De qualquer forma, saio com a consciência tranquila e com a certeza de que dei o litro no sítio em que me encontrava. Não estou debaixo da ponte, porque felizmente tenho família que me acolha.

Relativamente a «notícias de Verão», digam o que disserem, há coisas cíclicas e que regressam nesta altura. A ver vamos o desfecho.

Quanto ao futuro, projectos de vida pessoais e profissionais não faltam (na imaginação). Falta sim o mais difícil: energia, sorte e possibilidades para os concretizar. A ver vamos.

O relatório está feito. Um forte abraço a todos quantos têm passado por aqui.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Regresso ao futuro


Já esta! Agora que passaram alguns dias desde que completei 30 anos, as coisas estão um pouco mais calmas. Em vários sentidos.

Primeiro, porque continuo vivo! (Smile) Segundo, porque ponho termo a um processo de habituação que já se arrastava há vários meses. Sim, é verdade: muito antes de a data chegar no calendário, houve um processo de maturação e de quase auto-tortura individual.

E confesso que, à meia-noite do dia de aniversário (véspera, por assim dizer), comecei a sentir um ligeiro nervosismo. Quando acordei, de manhã, as coisas dissiparam-se mais e foi como uma (fatalidade?) que tinha de marcar presença.

Estranhamente, estive calmo durante o resto do dia. Soube-me bem receber alguns telefonemas (alguns que queria não recebi), apesar de continuar sonoramente a dizer que não gosto de fazer anos. Nestas coisas, o meu tio é muito matutino e ainda eu estava a dormir, telefonou logo. Mas até achei piada: não é defeito, é feitio.

Como conforto, e porque a maioria dos meus amigos são mais velhos do que eu (outra coisa para repensar porquê, agora do alto dos meus trinta), houve algum amparo (risos) e quase consulta psicológica. Sim, eles também superaram o abismo da casa três! (mais risos).

Não quis festas nem celebrações. Apenas um tímido jantar familiar e um bolo de chocolate, como já vem sendo tradição. E claro, espumante «Asti» (muito melhor que champanhe caro).

Agora, estou uns dias de férias, embora com sabor amargo. Sei que o trabalho que tenho não vai durar muito mais tempo e é tempo de antecipar cenários. Não fosse o contexto actual, e diria que a mudança poderia ser um bom sintoma de renovação. Mas o facto de estar há vários anos a trabalhar no mesmo sítio pode ter surtido efeitos de cristalização que não são os mais adequados.

Regressando aos 30... Acho que estou mais ponderado. Vejo coisas que escrevi e decisões que tomei há uns anos atrás e que já não me revejo nelas. Não as vou renegar, porque isso seria não evoluir. E se elas não tivessem existido, não teria percebido a necessidade de mudança.

E assim termino este texto que andava há muito tempo para ser escrito.

A quem me costumava ler e a quem estava habituado a ver um outro comentário meu, peço desculpa pela ausência «sabática». Agora, estou de volta. Há um ou outro post em que não cheguei a responder aos comentários, mas acho que agora já será um pouco fora do contexto. Espero ficar perdoado.

Até já.

domingo, 19 de junho de 2011

Factos


terça-feira, 14 de junho de 2011

Despojos de uma noite lisboeta


É pena que depois das duas da manhã o espírito da festa se vá embora e o passatempo seja partir a garrafa que se acabou de beber. Ainda para mais quando o gesto é feito por pessoas na casa dos 20. Abstenho-me de mais comentários. É que festa não tem de ser sinónimo de vandalismo, mas as pessoas tendem a ficar perigosas depois de uma determinada hora. À semelhança da Cinderela, acho que o encanto da noite também se desfaz. Não às doze badaladas, mas às três ou quatro.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sugestão

Gostei de ver isto, retirado daqui.
Obrigado pela partilha.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Está tudo acabado!

A Greenpeace lançou uma campanha contra a Mattel, fabricante da Barbie, responsabilizando-a pela desflorestação na Indonésia. A ONG utilizou o Ken para denunciar o papel usado nas embalagens da boneca, feito à base de madeiras tropicais. O namorado prefere romper com a Barbie do que continuar com uma boneca que sacrifica as florestas.




PS: O Ken nunca me enganou. Esta pode até ter sido a desculpa perfeita para acabar com a Barbie.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A verdade

Eis a versão definitiva sobre o que se passou com Dominique Strauss-Kahn.
Moral da história: não vale a pena ser asseado...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

E não temos todos o nosso lado mais infantil?








A Criança que Pensa em Fadas

A Criança que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

«Dance, dance... otherwise we are lost»

Depois da barbárie das imagens de ontem, valha-nos a arte para limpar a alma.
Estas sim, são imagens em movimento que valem a pena.

Onde estamos?

Como é possível seres humanos rirem da desgraça alheia, verem uma jovem a ser brutalmente espancada, não agirem e filmarem com o telemóvel?! Se fosse uma cena da «Laranja Mecânica», do Stanley Kubrick, ainda acreditava, mas aqui tive de ver para crer. Não me costumo emocionar, mas não consegui não ficar perturbado ao ver algo que não é ficção, nem filme, nem sequer uma novela. Se estes são os jovens que dentro de um ou dois anos vão votar, então prefiro que nem o façam ou que votem em branco. Não creio que estas sejam pessoas que alguma vez possam vir a ter valores ou a estar preparadas para decidir algo. Se estes valores agora não estão consolidados, nunca mais estarão. Não coloco aqui o vídeo, porque é demasiado mau, mas apenas um excerto do Telejornal. Escrevo este post não por uma questão mórbida, mas apenas para se perceber o quão mórbido pode ser o homem. Nos sites noticiosos está o vídeo completo. Noutras circunstâncias, nunca apelaria ao visionamento de imagens destas. Neste caso, trata-se de uma questão cívica para perceber que paradigma atravessamos.



Mais aqui.

domingo, 15 de maio de 2011

Erros meus, má fortuna, amor ardente... ou nem tanto...

Não sei se será do destino, se será defeito, se será outra coisa qualquer, mas invariavelmente dou por mim a gostar de pessoas que, quase sempre, estão distantes.

Desde pequeno, sempre convivi com as separações: a família, além de pequena, sempre esteve repartida por aqui e ali, muitas vezes a mais de 300 quilómetros. Posso dizer que ao longo da minha vida já devo ter mudado de local de vida (num sentido lato, em termos de distância) umas boas cinco vezes.

Talvez este facto tenha contribuído para a formação da minha personalidade e esteja agora a influenciar as minhas escolhas. Ao longo dos meus 29 anos, posso dizer que gostei a sério de duas/três pessoas.

Sim, o número não é inteiro por culpa minha que, a uma determinada altura, não soube decidir se aquilo que sentia era ou não paixão, mas acreditem que isso me serviu de lição (hoje em dia acho que não é bem assim, mas os caranguejos gostam de arcar com sentimentos de culpa).

Anyway: it happened again... ou seja, aqui dou eu por mim uma vez mais a gostar de uma pessoa que está longe 300 quilómetros (às vezes penso que é igualmente por uma questão de resguardo). Não sei se, para já, a correspondência é mútua, mas não vou criar expectativas (promessas, diz a moral ao ouvido).

Acho notáveis e dou muito apreço às situações do Speedy, do Pinguim e do Psimentos – bloggers que acompanho diariamente –, que são uma prova inspiradora de que a distância não é mais do que uma questão de quilómetros desenhados no mapa. Mas tenho medo que quem está do outro lado da barricada não o compreenda, como já aconteceu uma vez.

Sou capaz de acreditar de que as distâncias são ultrapassáveis. Mas ainda é tudo tão prematuro. E não gosto nada de me sentir como um adolescente. Mas sempre soube que cresci depressa de mais.

sábado, 14 de maio de 2011

Peço desculpa...

Devido ao «apagão» do blogger, na quinta-feira e na sexta-feira, houve comentários que se perderam. Garanto que não foi censura da minha parte. Os textos ainda foram repostos pelo Blogspot. O resto já não.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Política sexual



Eu só gostaria de dar alguma animação à discussão: «pentelhos» ou «pintelhos»?

Por via das dúvidas fui à fonte:

pentelho (â ou ê)
(pente + -elho)
s. m.
Infrm. Cada um dos pêlos! que cobrem o púbis.

Ah, Eduardo Catroga, o que eu (não) aprendo com a política!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Interrogação

Se Bin Laden morreu, será que agora se acaba com o argumento colectivo do terror mundial? Ou vai criar-se uma nova personagem igualmente maléfica? Para variar, agora podia ser uma personagem no feminino. Só para dar um pouco de animação à coisa. Ataques com batons. Tipas reféns em salões de beleza. Sequestros em cabeleireiros. Era muito mais saudável (sim, estou a ser um nadinha sexista).

domingo, 1 de maio de 2011

«Pluma leve», o seu próximo programa

Tenho de dar a mão à palmatória, porque até achei piada ao «Peso Pesado», que este domingo estreou na SIC.

Mas deixo desde já uma ideia para um novo programa: «Pluma anoréctica», unicamente feito por pessoas anorécticas e com aversão à comida. Um reality show com as cenas de vómito colectivo, o pânico ao açúcar e a fobia ao prato de doces. No fundo, a questão é a mesma: um problema de relação com a comida.

Estou para aqui a falar, mas eu sou daquelas pessoas que quando abre um pacote de bolachas não as posso ter ao meu lado, sob pena de comer metade do pacote.



*PS: Obviamente que respeito gordos e magros e que o post deve ser entendido com uma dose de ironia. E sim, dou o corpinho ao manifesto, no ginásio, para depois poder fazer um disparatezinho alimentar de vez em quando. Zinho, ok: de pequenino! LOL Acho que daqui a nada ainda vou entrar no programa que estou a imaginar.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Adeus tristeza...

Com elogio aos Linda Martini e a devida vénia ao Fernando Tordo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Era uma vez...


Fábula política difundida por Tommy Douglas, activista e político. Assenta que nem uma luva (a quem?) e não podia estar mais actual. E o melhor é que encaixa em qualquer sistema, em qualquer Continente. Assustador, no mínimo. (Lembram-se do senhor que fez uma alusão a um saco de gatos há uns meses atrás? Afinal, a inspiração veio de algum lado.)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Não! Não basta apenas um sinal...

Mas lá que isto é catita para caraças, é! Errmm... A música, claro!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Eu ainda sou do tempo...

Não, não me deu um ataque saudosista! Mas... eu ainda sou do tempo em que com uma moeda de 100 escudos trazia um saco cheio de doces para casa! LOL E que olhava para aquelas notas e preços com muitos zeros e com valores difíceis de pronunciar: cinco mil novecentos e noventa e cinco escudos... (uff) e que parecia que podia comprar tanta coisa... E agora com o FMI a fazer truz-truz ainda mais me apetece voltar aos tempos áureos do final dos anos noventa, onde tudo parecia progresso. Onde a Expo 98 nos enchia de orgulho, onde nunca se gastou tanto na cultura e nas infra-estruturas. E sim, eu sou do tempo destes anúncios. E sim, tenho saudades. E sim, tenho de concluir que sou nostálgico! E sim, também sei que foi nesses tempos que se esbanjou o que agora faz falta.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Afinal a superação advém da fragilidade

Tive finalmente «aquela» conversa que há muito esperava, para a qual as palavras andavam há meses a ser medidas. Estranhamente, disse tudo o que tinha a dizer. Fiquei estupidamente calmo. As palavras saiam-me em catadupa. Esperava sentir sofrimento: ao contrário! Senti segurança, fiquei calmo. A certa altura quase não me reconhecia (será esta a sensação da superação individual?).

Foi sol de pouca dura, é certo. A calma teve o seu revés. Acordei no dia seguinte com dores abdominais incríveis. Estive mal disposto todo dia. Ainda não percebi se sou forte, se sou temporariamente forte ou simplesmente muito frágil (pelo menos, tenho a noção de que não sou um robot).

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Lili em chamas (se o «24 Horas» ainda existisse, era seguramente este o título)

Pois bem: há a «No Comment TV» do Euro News, mas aqui o blogue não resiste a apresentar o «No Comment Article», até com cor de fundo em rosa para dar o devido enquadramento à coisa...


Lili Caneças apanhou «o maior susto da sua vida» quando o seu vestido pegou fogo. Segundo o Correio da Manhã, o incidente aconteceu no Baile da Rosa, no Porto, e terá sido provocado pelo fogo-de-artifício. «Olhei para trás e vi chamas. O meu vestido é altamente inflamável. Tenho medo destas coisas, pois uma tia da minha mãe morreu assim», disse a socialite ao jornal.
Lili Caneças ficará eternamente grata a um jornalista que conseguiu apagar as chamas com os pés.
«Pensei que tinha chegado o meu dia e que ia morrer queimada», acrescentou.
A socialite exige que os responsáveis pelo incidente paguem o vestido «caro» que foi emprestado pela Veste Couture.

Comentário: será que o medo era que o vestido (que nem sequer era dela) ardesse ou que o silicone fosse inflamável. Enfim, uma boa história para uma segunda-feira.

(Mas lá que não deixo de imaginar a cena! LOL)

domingo, 10 de abril de 2011

Uma espécie de país

Estive a trabalhar alguns dias fora, o que até correu bem não tivesse regressado super doente. Há muito que não tinha mais de 38,5 graus de febre. Pelos vistos, os bicharocos lá fora são mais resistentes. Ou sou eu que não estou habituado a eles. O mais estranho é a sensação de regresso... Como me tudo pareceu velho, igual e imutável!!! No caso de Lisboa, no metro, senti que nada evoluiu. Na estação de metro havia putos bêbedos às dez da noite com garrafas de Vodka na mão, no Largo Camões havia uma espécie de concerto, com uma espécie de pessoas que ensaiavam uma espécie de dança. Well, deve ter sido a febre que alterou a minha percepção. O pior é que a essa visão ainda não passou por completo. Daqui a pouco estarei a fazer companhia à Nina, do Black Swan?! Not! Deve ser da idade! Tsk, tsk!!! Há coisas que, por mais que tente, já não conseguem encaixar.

...Boa semana que se avizinha!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma questão de siglas

>>>>>>Adeus PEC(ado)?

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>Olá FMI*?!

*Fodidos, mas internacionalmente.

sexta-feira, 18 de março de 2011

E agora?


 No meio destes tempos turbulentos, há também que ter algum espaço para inquietações paralelas, pequenos nadas que são importantes. E a questão central é...

...Agora que o Modelo se fundiu com o Continente, o que será feito da Popota?

a) A Popota depena a Leopoldina, ganha o estrelato e é a nova «gaga» do Continente;
b) A Leopoldina «usa os novos argumentos», volta à cirurgia e derrota a «miúda rosa»;
c) Ao mais puro estilo pedagogo, ficam amigas e daí nasce um novo anúncio «sensaborão»?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Just a perfect disc...

Ainda não tinha tido oportunidade de aqui falar no novo CD dos Radiohead: «The King of Limbs». Podem chamar-lhe depressivo, mocado, triste. Eu chamo-lhe uma obra de arte irreverente.

Ok, bem sei que quando se gosta, olha-se normalmente por prismas um pouco acima dos standarts. A verdade, é que há muito tempo que não escutava um disco que me provocasse o tal arrepio.

Se o «Bloom», tema de arranque, consegue ser inquietante, não menos o é o «Codex», que, na minha opinião, faz um elogio quase fúnebre. Mas belo! Segue-se o «Give up the ghost»: se podemos ressuscitar, esta será a música para ouvir enquanto isso acontece.

Fica o convite. Não a ressuscitar, que isso não é garantido... Mas pelo menos a conhecer o disco.


domingo, 13 de março de 2011

Eu fui!


 1. Valeu a pena;
2. Gostei da atitude das pessoas;
3. Quem participou, estava consciente dos motivos por que o fez;
4. Desmistificou-se o conceito do que é estar à rasca;
5. Mostra que a cidadania (ainda) pode ser recuperada;
6. Houve partilha de gerações e de problemas;
7. Reaproximaram-se os laços entre a juventude e os mais velhos, pelo menos a nível social.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Será que o direito à manifestação já saiu da constituição?

A PSP está a monitorizar todos os movimentos das redes sociais e dos grupos de extrema-direita e esquerda, para acompanhar "a par e passo" o protesto "geração à rasca", marcado para sábado em onze cidades portuguesas.

Fonte policial disse à agência Lusa que os movimentos nas redes sociais, nomeadamente o Facebook, que se referem ao protesto, estão a ser vigiados, tendo motivado várias reuniões nos vários comandos nos últimos dias.

A PSP está a preparar-se para acompanhar a manifestação com o mesmo grau de rigor e prontidão que disponibilizou aquando da cimeira da Nato, que decorreu em Lisboa, no final de Novembro passado.

A Direcção Nacional da PSP disse que "irá montar um dispositivo que será o menos ostensivo possível e só se existir necessidade é que evolui para outro grau".

(Não digo que não é importante a segurança, mas isto faz lembrar um pouco a repressão que ocorreu na Ponte 25 de Abril, quando o Governo de Cavaco Silva ordenou carga policial sobre os manifestantes. Será que estamos a perder direitos sem que nos apercebamos disso?).

quinta-feira, 10 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Fazer ou não história?

Quase sempre a história passa-nos diante dos olhos, mas a voracidade do tempo impede-nos de raciocinar, equacionar as coisas, ponderar. As revoluções na Tunísia, Egipto e Líbia são disso exemplo. Está a fazer-se história nos telejornais e em directo.

O mesmo se passa em Portugal. Aquilo que se tomou como uma música – neste caso dos Deolinda – já ultrapassou fronteiras e estou deveras curioso em saber o que se vai passar no sábado.

Pelo menos, acho que terei interesse em sentir o pulsar da rua. Se a isso se chamar fazer parte da manifestação, tudo bem.

Li, recentemente, que estão a apelar às pessoas para que levem uma folha de papel para que nela se inscrevam os motivos que a levaram à manifestação, caso participem. Acho bem, porque exercer cidadania deve ser uma coisa séria e ponderada.

Não vale a pena ir gritar, beber umas cervejas pela Avenida da Liberdade abaixo, fumar uns cigarros e vir para casa como se o mundo tivesse mudado. Não muda, nem no dia seguinte vai haver mais emprego.

Agora, se se for de um modo consciente, com uma causa definida, sabendo o porquê de se estar lá, isso é totalmente diferente. A semente fica lá. E isso é ser cidadão.


BTW: Apesar das convulsões ligadas ao discurso de Cavaco Silva, é de se tirar o chapéu quando ele citou que os cargos públicos deveriam começar a ser baseados no mérito e não na filiação partidária.

domingo, 6 de março de 2011

Pub. (da boa)

Whose Hair?
by Christina Christoforou

This unique and fun book contains over 200 original, hand-drawn illustrations of the hairstyles of the rich and famous, from politicians to film stars, dictators to chefs. The meticulously drawn illustrations will show only the hair, leaving you to guess the celebrity and draw the face. The answers are at the back of the book. This book is a fun and ironic take on the global celebrity phenomenon.

sexta-feira, 4 de março de 2011

A Primavera do olhar

Na doce quietude dos teus olhos
olhei para o fundo da tua alma.
Afundei-me à procura de sentido.
Deixei-me ir na corrente dos teus pensamentos.
[Regressei].
Não havia mais espaço.
[Detive-me].
Ontem tornei a olhar-te.
Não vi os mesmos olhos. Não era o mesmo olhar.
___
Talvez seja eu que tenha deixado de ver [da mesma maneira].
*****
BL

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dúvida metódica?

Continuo a não perceber por que razão tem o Presidente da República tanta dificuldade em lidar com assuntos que, de alguma forma, envolvam a componente sexual no sentido lato da palavra, enquanto género.

Foi assim com a promulgação do lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, cuja aprovação final teve direito a abertura de telejornais para que fossem bem frisadas as suas dúvidas. Agora, passa-se o mesmo com o novo diploma que simplifica a mudança de sexo e de nome próprio no registo civil, ontem promulgado.

Ora eu não acho que as pessoas mudem de sexo só porque sim. O PR recusou-a à primeira vez, em período pré-eleitoral, quem sabe se para agradar ao eleitorado conservador. Aprovou agora. Uma vez mais contrariado.

Ora se as pessoas do mesmo sexo não desataram a casar desalmadamente, também não acredito que toda a gente comece a mudar de sexo só porque sim. Estranho preconceito.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

É só isto...


Por outras palavras: ando distante, mas tenho-vos lido. Até já!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O que Sócrates gostaria de dizer a Louçã...

...depois do anúncio da moção de censura.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Para quê viajar!? As experiências estão ao canto da rua!

Ontem à tarde fui comprar umas lâmpadas a uma loja dos chineses. Depois de alguma comunicação por gestos, lá encontrei o que queria, mas o melhor de tudo foi ouvir a senhora dizer, depois de eu pagar, um curioso: «CHÁO. ÔUBRIGADO!». Valeu!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

É possível morrer de solidão?

O caso hoje divulgado da velhota foi que encontrada, morta, nove anos depois, num apartamento em Rio de Mouro, às portas de Lisboa, prova que sim. Nem o cão da senhora resistiu. E ainda mais kafkiana a coisa se torna quando a vizinha tentou fazer diligências junto das autoridades para que se averiguasse a situação, sem que ninguém pareça ter-se preocupado muito.

É estranho o facto de a vida continuar a correr normalmente à volta daquela casa. Ou seja, a senhora morreu sozinha, mas acompanhada pela restante dúzia de famílias que coabitavam no mesmo prédio. Estranho conceito.

Espero, quando já for velho, ter pelo menos algum dinheiro e lucidez para me internar voluntariamente num lar ou lá o que for na altura. Ou poder fazer outra coisa qualquer que me dê na telha. Sobretudo isso: poder decidir.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

SOS Português

10 grandes mitos da Língua Portuguesa

Mito 1 – Um dia de sol é um dia “solarengo”.
Verdade – Um dia de sol é um dia soalheiro.

Mito 2 – Cada um dos caracteres tipográficos designa-se “caracter”.
Verdade – Cada um dos caracteres tipográficos designa-se carácter.

Mito 3 – A palavra “açoreano” escreve-se com E, porque deriva de Açores.
Verdade – A palavra açoriano escreve-se com I, porque à base açor se associou o sufixo -iano.

Mito 4 – A presença de álcool no sangue designa-se “alcoolémia”.
Verdade – A presença de álcool no sangue designa-se alcoolemia.

Mito 5 – Uma assinatura abreviada designa-se “rúbrica”.
Verdade – Uma assinatura abreviada designa-se rubrica.

Mito 6 – Uma grande confusão é “uma grande salganhada!”
Verdade – Uma grande confusão é “uma grande salgalhada!”

Mito 7 – O plural de DVD é “DVD’s”.
Verdade – O plural de DVD é DVD. As siglas não têm plural.

Mito 8 – Os meios de comunicação social designam-se os “m[i]dia”.
Verdade – Os meios de comunicação social designam-se os m[é]dia. Trata-se de uma palavra latina.

Mito 9 – A palavra cessão designa o acto de cessar, acabar.
Verdade – A palavra cessão designa o acto de ceder. O acto de cessar designa-se cessação.

Mito 10 – A uma pessoa indesejável (numa família, por exemplo) designamos “ovelha ranhosa”.
Verdade – A uma pessoa indesejável (numa família, por exemplo) designamos ovelha ronhosa. O nome ronha, que designa uma doença, deu origem ao adjectivo ronhoso, cujo sentido literal é: «que tem ronha». Este sentido literal, por sua vez, deu origem ao sentido figurado «pessoa indesejável».

Retirado daqui: www.linguamodadoisec.blogspot.com (para leitura e consulta diárias)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Lisboa é um lugar estranho

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A técnica da avestruz

Estão as pessoas habituadas a ser questionadas? A resposta é não! Da mesma forma que não sabem dizer um não frontal.

O primeiro caso passou-se na aquisição de um serviço, onde perguntei a três empresas distintas as condições detalhadas e respectivos compromissos de permanência? Sabem quantas respostas obtive? Uma. E a que obtive, em loja, estava errada. Caramba! Onde estão os direitos quando os tento exercer?!

Nunca mais me esqueço de uma situação, aqui há uns três anos, quando por estar vestido com um casaco desportivo, praticamente me ignoraram. Curioso que quando viram que «até sabia falar» e que pedi o livro de reclamações, apareceu o gerente da loja. A imagem é mais importante que os direitos enquanto consumidor?! Sim, pelos vistos.

Outro exemplo, só para fechar o rol: telefonema de trabalho. «Ah, e tal, o doutor não está». Ligo no dia a seguir: «ah, e tal, só para a semana». Terceira tentativa, alguns dias depois, nova desculpa. Resposta minha: «diga ao doutor que eu aceito um não como resposta e que se não quer falar que diga. Obrigado!».

Porquê tanto medo da frontalidade?! O encapotamento da realidade nunca deu bons resultados. Os acontecimentos na Tunísia, Egipto, Jordânia, etc. (e Portugal, há alguns anos atrás) são eles próprios resultado de mordaças sucessivas durante anos e anos.

Ah, é verdade. Depois de uma ausência sabática, estou de volta! Eheheh! Mas continuo com mau feitio! :P

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dualidades



Oiço tanta gente a queixar-se de que tem falta de tempo, que não consegue fazer o que quer, que trabalha como se não houvesse amanhã. Às vezes, também me queixo do mesmo. Mas ficamos a pensar duas vezes quando alguém nos diz: «eu gostava de não ter tempo. Estou desempregada e até tenho muito tempo de sobra». Estranhas dualidades estas dos tempos modernos. Não é só a riqueza mundial que está mal distribuída. É também o tempo. E até os afectos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Velhos hábitos


Por mais agendas que tenha e que me ofereçam no início do ano, dou por mim a apontar coisas importantes em folhas soltas, post-it e cadernos. O resultado? Ando sempre à procura... (Ok, mas no final de tudo até que é uma desarrumação organizada!)

Adenda

Só para fazer uma adenda ao texto anterior, deixo, para memória futura, alguns artigos de opinião que têm debatido as fronteiras associadas limites da liberdade - preferia falar em responsabilidade - de expressão. Outros, nem tanto, mas mesmo assim merecem uma vista de olhos. Em foco, essa nova forma de bullying social: os comentários dos jornais.

Carlos Castro: a culpa é sempre dos gays, não é?
Já é legal ameaçar de morte os 'gays'?
Tão simples
'Liberdade respeitosa' (ver o último parágrafo)
No país do ódio (anterior a tudo isto, mas pertinente)
As caixas de comentários são como as portas dos WC públicos
O que eu temia que se viesse a escrever (e, aliás, referi no último post)

E mais uma cosinha vista aqui:

Brandos costumes my ass



Querem perceber (ou tentar perceber) este ressentimento, este ódio que emergiu contra a figura do Carlos Castro? Este ódio que aparece vindo do nada. Este ódio que assusta, porque vem mesmo lá de dentro. Se querem, leiam este livro. Rentes de Carvalho fez aqui o estudo desse adn português, dessa "raiva que assusta", para citar o próprio Rentes. O livro não é sobre a homossexualidade. É sobre este adn violento dos portugueses, que se vê nesta homofobia louca ou na morte de 40 mulheres por ano. Brandos costumes my ass.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Generalizações? Não, obrigado!

Não era para escrever nada sobre o assunto do assassinato do jornalista Carlos Castro. Qualquer que tenha sido o móbil do crime, foi algo de hediondo e absolutamente condenável. Que seja apurada toda a verdade! Ponto final.

O que agora mais me preocupa é o facto de o fenómeno da violência entre bissexuais e homossexuais vir de uma forma generalizada para os programas da manhã, tarde e noite, com profusões ainda espalhadas pelos telejornais e revistas mais ou menos cor de rosa, como se toda a relação não heterossexual fosse agora sinónimo de um poço de violência.

Claro que pode haver violência. Como em todas as relações heterossexuais. Não deveria acontecer em nenhuma, é certo. Mas agora, pelos vistos, o mito vai ser difícil de desmistificar. E como o tema até é bom para conversas de café, podem apostar que se vai prolongar nas próximas semanas.

Por outro lado, creio que o caso do assassinato do Carlos Castro – horrível, friso uma vez mais – vai fazer regressar os estereótipos que até se tinham começado a esbater (ainda que lentamente), depois de aprovado casamento de pessoas do mesmo sexo.

Não quer isto dizer que quem não aceitasse passasse a aceitar, mas era algo que as mentes mais obscuras já se tinham habituado a ouvir.

Nos próximos dias, claro que se vão esquecer todos os casos de violência doméstica, muitos deles terminados em morte, que ao longo dos últimos anos foram preenchendo as páginas dos jornais. Todas as dezenas de vítimas mortais de violência heterossexual vão agora ser esquecidas. E não é preciso recuarmos muitas semanas para encontramos casos sinistros amplamente noticiados.

Mas agora é tudo o que se passa entre iguais que importa colocar em cima da mesa. Porque foge à norma. E, afinal, esse é um dos chamados valores-notícia.

E claro, há outras coisas que também vão ser postas de parte. Alguém mais ouviu falar em BPN ou eleições presidenciais? Pois, eu também não.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Conselho

«Não podes continuar a pensar demasiado. 
Se insistires nisso, nunca vais conseguir ser feliz».

E digam lá se os irmãos não são sábios?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Jazz, sim. Se voltasse a ser com brancas, melhor!

Como pode a Antena 2 ter abdicado do programa «Jazz com Brancas», do José Duarte, e tê-lo substituído por um novo, com novas pessoas, que mais parece estarem a fazer um teatrinho de escola e a ler os textos que têm à frente sem qualquer entoação. Ah, e claro, a passar Nina Simone e Keith Jarret no primeiro programa. É claro que gosto desses dois monstros do jazz! Mas, por favor... escusava de ser tão fácil!

...Viva o serviço público!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Primeiras notas de 2011

Acabei agora de chegar da passagem do ano. Um jantar simples, mas com pessoas agradáveis e a doce presença de ter os avós por perto, que este ano atravessaram situações complicadas.

A seguir, fui ver uns fogos de artifício e escutar duas ou três músicas. Depois disso, tive necessidade de me recolher, não sem antes me irritar, já que quando cheguei ao carro estavam três marmanjos, dois deles sentados em cima do carro (grrrr). Não pude protestar muito, porque estavam com garrafas de álcool por perto e a coisa podia dar para o torto, mas ainda fui verificar se havia problemas.

Não notei as pessoas particularmente exuberantes à meia-noite. Foi como se tivessem medo de festejar. No fundo, acho que sentiram que se estivessem a festejar, seria como brindar à crise e às dificuldades que se avizinham.

Enfim, só um pequeno desabafo. E não, não é do álcool. Só bebi coca-cola zero. Mas 2010 foi para mim um ano difícil: perdi dois familiares chegados, morreu-me nas mãos aquele que foi o meu mais próximo animal de companhia e que tinha há uma década, foi um ano com algumas complicações familiares em termos de doenças e, para rematar, sofri um daqueles «baques do coração» da forma mais inesperada e cobarde que se possa imaginar.

Melhores tempos virão. I hope so! Bom ano para todos!
(E sim, escrito a azul que é para dar sorte!) :):):)



PS: já que hoje é dia de sentimentalismos, gostei das mensagens de ano novo que me foram deixando ao longo dos últimos dias aqui no canto. Da mesma forma, gostei da forma simples que todos os blogues (entenda-se pessoas que estão por detrás deles) que diariamente leio e sigo, partilharam livremente (coisa cada vez mais rara que corre nos dias de hoje) as suas ambições para o novo ano e apresentaram os seus votos. Foi como estar em família! Help! Estou um fucking saudosista!