sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Futurologia

Não tem nenhum preconceito contra os professores. Era a forma como vinha o original. A profissão pode lá ser colocada à vontade do blogger. :)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Camadas

Todos os dias, quando me deito, revejo o dia e penso que amanhã será melhor, que saberei gerir melhor o tempo, que irei estar mais bem disposto. Contudo, ao toque do despertador, as resoluções desvanecem. Ainda são reavivadas de tempos a tempos por um snooze ilusório, mas rapidamente têm de ser colocadas em segundo plano.

Qual Photoshop, a vida é feita de camadas (layers), onde as necessidades básicas e imediatas têm de ser colocadas num patamar principal. Neste caso, essa tal camada superior será viver e seguir a indispensável rotina. A segunda camada será melhorá-la. Torná-la mais eficaz.

Mais logo, entre os lençóis, rejuvenescerá a parte sonhadora. O problema é que será apenas por algumas horas. O ciclo é difícil de contrapor.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Por vezes, há lições a tirar dos happy endings

Já toda a gente deve ter ouvido falar da história do homem sem rosto do Rossio, que esta semana foi operado nos EUA, depois de ter passado vários anos no Rossio, onde costumava estar a pedir.

Eu próprio me envergonho de tantas vezes ali ter passado e de nunca ter feito nada. Como a generalidade das pessoas. Mas o pior é que há muitos homens e mulheres sem rosto em Lisboa, Porto e seja onde mais for. Pessoas por quem passamos todos os dias, a quem já fixámos os rostos e gestos. Pessoas que acabam, não direi por fazer parte da paisagem, mas do quotidiano. Quem não recorda dos homens que andam a pedir dentro das carruagens do metro? Ou da senhora que costuma estar na Rua Augusta?

Faz agora algum tempo falou-se daquele idiota que colocou experimentalmente um cão preso à porta de um museu. Toda a gente visitava a exposição, via o cão preso, mas ninguém fazia caso. Passados alguns dias, o animal acabou por morrer à fome e sede. O episódio foi brutalmente censurado e eu próprio condenei essa atitude mas, no fundo, sem muita moral.

Afinal, também eu passo diariamente por pessoas a quem deveria estender a mão. Todos passamos… E bem sei que este texto pouco ajudará a mudar o que quer que seja. É por isso que admiro quem faz voluntariado. Já o fiz ao nível associativo/cultural e posso dizer que é enriquecedor.

Mas quanto à história do homem sem rosto, é uma lição para toda a gente. Os happy endings devem também servir para alguma coisa.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Solução barata para não sentir as medidas de austeridade


Quase dez por cento da população portuguesa está adormecida com antidepressivos. Dizem as estatísticas. Por isso, não creio que a ideia da ministra da Saúde, Ana Jorge, que se diz empenhada em reduzir as prescrições de psicofármacos, seja uma decisão feliz.

Olhem esse quase milhão de pessoas a entrar em rebelião?! Ao menos, assim continua-se a construir uma felicidade aparente. São as vantagens das redomas de vidro. Depressivos deste país, uni-vos por um futuro mais cor-de-rosa!

Aliás, acho que essa será mesmo a solução mais económica para acalmar os ânimos perante as medidas de austeridade que se avizinham. Para andar à deriva, já bastam os submarinos do Portas. Ao menos, ponham os portugueses a dormir (ainda mais). Seremos um povo mais feliz! E teremos verdadeiras razões para não actuar. Até agora, isso só poderia ser justificado com inércia.

sábado, 9 de outubro de 2010

Geração Canguru ou sinais dos tempos?

Quase metade dos homens entre os 25 e os 34 anos, em Portugal, ainda vive em casa dos pais. Segundo o Eurostat, em metade desses casos, a falta de emprego ou um trabalho precário é apontado como o principal motivo.

Os dados do gabinete de estatística europeu indicam que Portugal está no top seis dos países europeus em que os jovens têm mais contratos a termo do que vínculos sem prazo, o que os leva a adiarem a saída de casa dos pais.

Nas mulheres, a percentagem de jovens entre os 25 e 34 anos que ainda vivem com os pais é mais baixa (34,9 contra 47,6 nos homens) porque, segundo o Eurostat, têm tendência para se casar e sair de casa mais cedo. Entre os 18 e 24 anos, os estudos são o principal motivo para não sair de casa.



Notícia que poderá ser escrita daqui a cinco anos:


Dois terços dos homens entre os 25 e os 40 anos, em Portugal, ainda vive em casa dos pais ou dos avós. Segundo os números revelados pelo Eurostat, na quase totalidade desses casos, a falta de emprego é apontado como o principal motivo.

Os dados do gabinete de estatística europeu indicam que Portugal está no top one dos países europeus em que os jovens têm mais contratos a termo ou que desempenham funções de estágio não remunerados, o que os leva darem como definitiva a permanência em casa dos pais.

Nas mulheres, a percentagem de jovens entre os 25 e 34 anos que ainda viviam com os pais era mais baixa (34,9 contra 47,6 nos homens), mas a falta de condições económicas dos casais está a adiar sine die a decisão de contrair matrimónio ou de sair de casa.

A redução do número de matrimónios está igualmente a originar uma quebra na prevalência de divórcios. O sectores ligados à organização de eventos estão a registar quebras superiores a 20 por cento.

As conservatórias falam já em recordes mínimos de afluência. As reduções estão a estender-se ao número anual de recém-nascidos. A maternidade Alfredo da Costa há muito que suspendeu os concursos para novas contratações.

Em declarações à imprensa, o ministro da Segurança Social afirmou existirem mais de dois milhões de reformas em risco. «O sector colapsou», reconheceu.

E digam lá: quem é que ainda precisa de ir ao astrólogo? :)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sinais de época

Entram de mansinho, mas para mim são um dos primeiros sintomas de que o Outono se instala a passos largos, ao mesmo tempo que se vão alertando as mentes que o Natal está a chegar (nãaaaao)!

Falo dos spots televisivos dos perfumes que, para mim, quase atingem o estado da arte ou, pelo menos, andam lá perto. Sobretudo aqueles que se revestem de pequenas histórias, com argumentos curtíssimos, que oscilam entre os 30 segundos e os dois minutos, na versão longa.

Este ano, apenas vi um que me chamou a atenção, pela novidade, que foi o novo perfume da 212.

No entanto, para mim os anúncios do Chanel n.º 5 representam o que de melhor se fez neste segmento da publicidade (cosméticos). E claro, tenho ainda de fazer referência ao clássico spot do Egoïste, curiosamente também da Chanel. Outro clássico.


Novo anúncio do 212 VIP:



Egoïste:



E o meu favorito de todos os tempos / The new Chanel n.º5:

domingo, 3 de outubro de 2010

Política melão

E porque as eleições presidenciais em Portugal se estão a aproximar e a pré-campanha já está na rua (hoje já vi cartazes do Manuel Alegre, por exemplo), eis algumas das ideias que podem ser importadas para este lado do Atlântico.

Do lado de lá, no Brasil, para as eleições de hoje, entre pêras e melões (vejam e percebam porquê), é assim que se dão as cartadas.

Ok, pode ser política folclórica, mas ao menos isso é completamente assumido e não se reveste de máscaras, como se faz por cá.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Aviso

Façam o favor de não jogar no Euromilhões esta semana, ok?
Eu não quero dividir o prémio, tá?! :)
Se me sair, eu prometo um jantar (mas dentro da Lisboa Restaurant Week, para ninguém se habituar mal)! LOL