quarta-feira, 13 de julho de 2011

Regresso ao futuro


Já esta! Agora que passaram alguns dias desde que completei 30 anos, as coisas estão um pouco mais calmas. Em vários sentidos.

Primeiro, porque continuo vivo! (Smile) Segundo, porque ponho termo a um processo de habituação que já se arrastava há vários meses. Sim, é verdade: muito antes de a data chegar no calendário, houve um processo de maturação e de quase auto-tortura individual.

E confesso que, à meia-noite do dia de aniversário (véspera, por assim dizer), comecei a sentir um ligeiro nervosismo. Quando acordei, de manhã, as coisas dissiparam-se mais e foi como uma (fatalidade?) que tinha de marcar presença.

Estranhamente, estive calmo durante o resto do dia. Soube-me bem receber alguns telefonemas (alguns que queria não recebi), apesar de continuar sonoramente a dizer que não gosto de fazer anos. Nestas coisas, o meu tio é muito matutino e ainda eu estava a dormir, telefonou logo. Mas até achei piada: não é defeito, é feitio.

Como conforto, e porque a maioria dos meus amigos são mais velhos do que eu (outra coisa para repensar porquê, agora do alto dos meus trinta), houve algum amparo (risos) e quase consulta psicológica. Sim, eles também superaram o abismo da casa três! (mais risos).

Não quis festas nem celebrações. Apenas um tímido jantar familiar e um bolo de chocolate, como já vem sendo tradição. E claro, espumante «Asti» (muito melhor que champanhe caro).

Agora, estou uns dias de férias, embora com sabor amargo. Sei que o trabalho que tenho não vai durar muito mais tempo e é tempo de antecipar cenários. Não fosse o contexto actual, e diria que a mudança poderia ser um bom sintoma de renovação. Mas o facto de estar há vários anos a trabalhar no mesmo sítio pode ter surtido efeitos de cristalização que não são os mais adequados.

Regressando aos 30... Acho que estou mais ponderado. Vejo coisas que escrevi e decisões que tomei há uns anos atrás e que já não me revejo nelas. Não as vou renegar, porque isso seria não evoluir. E se elas não tivessem existido, não teria percebido a necessidade de mudança.

E assim termino este texto que andava há muito tempo para ser escrito.

A quem me costumava ler e a quem estava habituado a ver um outro comentário meu, peço desculpa pela ausência «sabática». Agora, estou de volta. Há um ou outro post em que não cheguei a responder aos comentários, mas acho que agora já será um pouco fora do contexto. Espero ficar perdoado.

Até já.