sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Previsões? Se forem boas, why not?

Chega o final do ano e com isso as habituais previsões astrológicas para os 365 dias que se seguem. Confesso que, apesar de não regular os meus dias em função da astrologia, não resisto a dar uma vista de olhos naquela meia dúzia de linhas que todos os dias aparecem nos jornais ou nas previsões anuais que agora preenchem os programas da tarde.

É algo de lana caprina. Se a previsão é má, funciona com um aviso para o que está à minha volta. Se é boa, fico bem disposto, nem que seja durante o tempo que dura a leitura daquelas frases «prontas a consumir».

Claro que tudo isto é falível. Claro que as previsões não podem ser iguais para os milhares de pessoas do mesmo signo. Mas se, ao final de um dia que nos corre menos bem, pudermos atribuir a culpa aos astros, melhor!

E pronto, já estive a ver que o meu signo em 2011 recomenda ter prudência e, simultaneamente, estar atento a todos os sinais proveitosos. Claro que isto é suficientemente redondo e que todas as pessoas vão tentar enquadrar-se naquilo que está escrito. Mas daí também não vem mal ao mundo.

Aliás, o discurso astrológico deve ser das coisas mais apaziguadoras do mundo. As palavras ali expressas são tão redondas que parece que têm sempre algo a ver connosco. Engana-me que eu gosto, já dizia o outro!

E pronto, lá toquei no tema «ano novo». Algo que não aprecio muito mas, para quem entender que possa ser uma altura de renovação, faça o favor de aproveitar.


Para os mais supersticiosos nada de esquecer:

1) Comer as 12 passas;

2) Brindar com champanhe (ou espumante, porque a crise não permite estes luxos. Agora até há um fashion, da Martini);

3) Subir a uma cadeira com a nota de valor mais elevado que se tiver;

4) Pedir 12 desejos;

5) Estrear uma peça de roupa interior azul (azul-escuro conta?).


Vemo-nos em 2011!


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Resoluções para o ano novo

Resolução única: não fazer resoluções (que sei que não vou conseguir cumprir)


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fragmentos de um discurso amoroso

- Até quando?
- Para sempre...
- Não digas coisas que não podes cumprir. Até quando?
- Até tu quiseres!
- E quando tu não quiseres?
(...)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Compras de véspera

Acho que este ano terei mesmo de fazer as compras de Natal dois dias antes da noite da consoada. Vou mesmo só adquirir o indispensável, para as pessoas incontornáveis, e fiz questão de pedir que não me dêem nada.

Em alternativa, há duas ou três coisas que, «de facto», me fazem falta e que teria de comprar e gastar dinheiro. Se quiserem investir nisso, óptimo. Creio que não se trata de uma questão de instrumentalização, mas sim de não reduzir o Natal ao desperdício e ao despesismo. Perdoem-me a visão menos romântica da coisa...


PS: Porque é que as pessoas, nos jantares de Natal, têm tendência a oferecer coisas ridículas como caixinhas, bibelôs dos chineses ou algemas (sic!)?! Há dvd com nice price, de belos filmes, à venda por dois euros numa qualquer loja de centro comercial! Basta um pouco de imaginação... O preço até fica em conta.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Assim aconteceu

Gostei da atitude que os actuais três pivôs do programa «Câmara Clara», da RTP2, tiveram ao início do magazine de hoje, prestando uma homenagem ao falecido Carlos Pinto Coelho, admitindo que ele tinha sido o precursor do programa que actualmente vai para o ar, durante a semana, por volta das 22h30, depois do Jornal 2 (actual Hoje).

«Assim acontece», foi uma frase que me passava despercebida quando ainda era puto, mas que logo no primeiro ano de faculdade, e depois de uma chamada de atenção de uma grande amiga minha, ganhou outros contornos e passou a ser um pequeno momento que várias vezes por semana fazia questão de acompanhar.

Hoje, continuo a ver o «Câmara Clara» e é, aliás, notória a influência que o iniciático «Acontece» teve para os actuais pivôs (não tanto para a edição de domingo de Paula Moura Pinheiro). Seja no modo de falar, seja nos apartes, seja no estilo de comunicar.

Ainda que o programa não seja o mesmo, fico contente que se tenha prosseguido com aquela espécie de telejornal cultural diário (que no tempo do Carlos Pinto Coelho chegou a ser o mais antigo da Europa). Antes, como hoje, é o meu pequeno momento de snobismo diário. Nem que seja apenas partilhado por mim. Ou só de vez em quando.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quem dá mais?

Tenho cá dois quilos! Licitação a partir de 25 euros!
Vá lá, sei que a taxa de depressão vai aumentar! Não se acanhem com os valores! Eu ofereço os portes de entrega. :):):)


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A primeira vez

Pois é. Algum dia teria de responder a um destes desafios da Internet. Pode parecer um contra-senso, mas sei melhor descrever-me de viva voz do que através das palavras, ou através de dez frases. Talvez porque, em parte, faça das palavras o meu ganha-pão. Talvez porque em muitas outras ocasiões, sempre que preciso de me explicar, também goste de recorrer à palavra fixada.

Dizem que as palavras voam, mas o que está escrito permanece. Talvez essa seja a explicação: sou imutável e altero-me ao longo do tempo. Por essa razão, falar de mim – verbalmente – será mais justo. Porque me posso defender. Porque posso mudar ao longo do tempo. No papel, isso só com corrector.

E não. Jamais serei como aquelas pessoas que dizem não saber descrever-se. Não confundamos as coisas. Afinal, se não tivermos consciência de nós, quem terá? Isso e estar vivo são factores intrinsecamente ligados.

E isto tudo para entrar no desafio proposto pelo Mike. Esse ex-libris da internet em que convidamos os leitores a ouvir dez bizarrias sobre nós, sendo que três serão mentira.


Depois de muitos suores frios (lol), vamos lá às dez frases. Cabe-vos tentar descobrir as três mentiras.

1. Já fiz alguns partos

2. Tenho pavor a agulhas

3. Reciclo a maior parte das coisas que consumo

4. Adoro acordar cedo

5. Tenho duas tatuagens

6. Costumo falar sozinho

7. Detesto conduzir na cidade

8. Tenho uma horta biológica

9. Tenho uma tara por folhetos de promoções

10. Nunca comi um hambúrguer do McDonald´s


Se tiverem paciência, passo a bola aos blogues Ilovemyshoes, ao Lusoboy e Um Deus caído do Olimpo.

Se já responderam, ou não estiverem para isso, mandem-me dar uma curva, ok?! :P

domingo, 5 de dezembro de 2010

Ausente...

...por motivos de gripe e de umas pequenas férias, utilizadas para curar a dita cuja maleita. Cool, não é?!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Traz a geleira já! «Ouvistes?»



Eu sei que a emigração portuguesa já não é sinónimo destas coisas. Pelo menos na sua totalidade.

Embora se possa colocar muitas interrogações sobre a imagem que se transmite ou não, todos os traços de portuguesismo muito nossos estão todos lá. É inegável!

Os emigrantes portugueses em França - mais de meio milhão de pessoas - já riem, contudo, com os estereótipos dos emigrantes de primeira geração. E esse é talvez o segredo do sucesso. Ah, pois, são os Ro et Cut. E podem segui-los no Facebook!

Mais aqui.

Ele há palavras... e palavras

E porque ir ao dicionário faz parte da rotina, já é um vício ir ver a palavra do dia. Depois do sedilúvio apresentado pelo Mike, é difícil de conseguir melhor. Mas gosto da cacofonia da palavra desta quarta-feira.

boquirroto (ô)
(boqui- + roto)
adj. s. m.
adj. s. m.
1. Que ou quem não cala o que sabe. = indiscreto
2. Que ou quem fala muito. = falador, tagarela
Plural: (ô).

domingo, 21 de novembro de 2010

E com três palavrinhas apenas... se faz a letra de uma música

Depois de ter conseguido a proeza de descobrir uma música com apenas uma palavrinha, desta vez evoluí... e mostro uma com... três!

A verdade é que já está no mp3 e é um antídoto para a segunda-feira. E sim, é um contraste ao Louis Armstrong aqui mostrado num post anterior. Eu avisei que era um pouco disléxico nos meus gostos musicais.

PS: Quem se oferece para dançar assim pelas ruas de uma qualquer cidade portuguesa?!
PPS: Creio que a rapariga tomou uma daquelas coisas que fazem rir...


sábado, 20 de novembro de 2010

Let´s talk about movies

Nem sempre gosto de comédias no cinema, mas abro excepções. Outra dia, perguntaram-me quais as cenas mais divertidas do cinema. Seguem as respostas! :):):)




sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tenho vergonha...

... de o meu país estar a ser alvo de discussões bélicas. Bem sei que os tempos não estão para brincadeiras e que o mundo mudou desde o 11 de Setembro. Mas fico incomodado se os futuros conflitos mundiais tiverem a chancela de Lisboa.


Falando de coisas mais «interessantes», eis a ementa do jantar dos 28 chefes de Estado e de Governo da NATO para hoje à noite:

- Crepes de Espinafres
- Medalhões de Vitela com Queijo da Serra
- Pudim de Abade de Priscos
- Vinhos tinto e branco Burmester

(Só não dispensaria o pudim!)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

April in Portugal

Vinha ontem a chegar a casa ao início da noite, a escutar a Antena 2. Sim, é daqueles prazeres secretos, muito meu, que gosto ao final do dia.

Correndo o risco de parecer doido, a essa hora tanto gosto de escutar o programa da Antena 3 «Bons Rapazes», com sonoridades contemporâneas e novas tendências da música de dança e afins, como o programa «Jazz com Brancas, na Antena 2, do José Duarte.

Foi precisamente neste último que ouvi uma daquelas pérolas capazes de provocar um arrepiozinho. Pois bem, uma gravação de 1953, em que é citado o nome de Lisboa, embora Louis Armstrong só tenha tocado na Capital, pela primeira e última vez, em Março de 1961 . Eu só viria a nascer 20 anos depois, mas gostaria de ter estado lá.

Não revelo mais pormenores, mas vejam se conhecem o tema original que está por trás. Enjoy!



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Quando ir ao ginásio é uma experiência sociológica


Hoje soube como se viveria no período do Homo Sapiens ou do Neandertal. And for free! Não, não fui ao Jurassic Park, mas andei lá perto.

Ora a experiência passou-se no ginásio. Estava aqui o Blog Liker a levantar uns míseros 20 quilos, quando ouve uns gritos guturais na metade oposta do ginásio. Alguém que levou com um peso na tola, pensei?! Não! Alguém que tentava levantar em ombros mais carga do que o seu próprio peso e emitia uns sons... cavernosos…

A coisa continuou por cinco minutos. Pior foi que ele mudou de máquina e o «espectáculo» repetiu-se. Ora eu acho que ele estava a meio de um ritual qualquer de acasalamento e a tentar exibir-se para o público feminino. Porém, sem sucesso. É que há para lá um grupinho que passa o fim da tarde a meter a má-língua em dia. (Já nada é como dantes, elas preferem-nos mais magrinhos e civilizados!)

Mas há mais pormenores sui generis. Oh se há! Então e que dizer dos rapazitos que estão uma hora a motivar-se um ao outro para cada um levantar mais peso do que o seu colega e a segurar nas costas… e a aumentar as cargas… Estranho!

Mais o melhor está para o fim! Além dos aerossóis não serem simpáticos para o ambiente, alguém por favor diga aos apreciadores de «Axe» que desodorizante não é sinónimo de... «Dum Dum»! E que quem está ao lado não tem de partilhar odores.

Ok, chega de dizer mal (melhor, fazer observações)! Até porque eu não comento nada com ninguém! Entro, digo bom dia, e estou com o meu mp3 a tentar relaxar e a fazer um pouco de exercício. Digamos que é como uma banda sonora para o pequeno microcosmos que se passa à minha volta… Voyeurismo?! Talvez. Mas devo por lá ter fama de mal disposto.

domingo, 14 de novembro de 2010

Vou ficar mais pobre...

Meus caros, tenham muito cuidado em todos os serviços de comunicações que subscreverem até ao final do ano. Além do IVA que incide sobre estes serviços ir aumentar, as operadoras já estão a anunciar nas últimas linhas das condições dos tarifários (sim, façam scroll até ao fim que lá está bem pequenino) que vão existir aumentos superiores a dois por cento.

Veja-se o caso da Vodafone:
Novas Tarifas a 1 de Janeiro de 2011
A partir de 1 de Janeiro de 2011 as tarifas de Banda Larga Móvel serão actualizadas em 2,2% de acordo com as previsões de inflação para 2011.


Ou seja, como todos vamos ganhar mais (LOLOLOLOLOL), e pagar mais IVA, toca a meter mais 2,2% por cento de aumento.

Ou seja: um tarifário base de 35 euros vai aumentar perto de dois euros ou mais: um euro e tal de acréscimo só de IVA, a que se junta o aumento do preço base do serviço.

Andam também já a circular na Internet os aumentos bárbaros de serviços tipo Moche e afins, cujos aumentos vão reduzir o número dos dias de validade dos carregamentos e afins...

Aliás, a partir do dia 1 de Janeiro de 2011, todos os tarifários serão actualizados em 2,2%. Esta revisão, equivalente à taxa de inflação prevista para o ano de 2011, será efectuada para todos os tarifários e serviços. Apesar de em determinados planos os prazos de carregamento se manterem inalterados, o custo por minuto será bem superior.

Por isso tenham MUITO CUIDADO! O Blog Liker está furioso e vai analisar a concorrência... infelizmente não muito concorrente.


A isto que juntar o aumento da electricidade, dos combustíveis, dos alimentos, das transportes, dos jornais. Enfim... Presentes de Natal... não creio...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estatísticas rápidas


Número de seguidores da página do Facebook do jornal «Público», criada há largos meses: 83 495

Número de seguidores
da página do Facebook do programa «Casa dos Segredos», criada há 39 dias: 107 849


São cifras que descobri esta semana, e que se reportam ao dia 11 de Novembro de 2010, mas que revelam bem:

1) O perfil dos cibernautas;
2) O grau de desenvolvimento de um país;
3) O modo de como se utiliza a Internet;
4) O nível de participação cívica de um país;
5) (...) Façam as vossas apostas! :)


Já agora, vale a pena dar uma olhadela a este artigo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Deve ser das poucas coisas de que gosto no Natal

Não tem o mesmo ar tão maroto e provocante do spot do ano passado, mas tenho de admitir que está bastante bem feito. Reparem na alusão ao sapato gigante da Joana Vasconcelos. Isto sim, é pedagogia desde tenra idade!

Resoluções (terapêuticas)

Hoje decidi retirar o gesso do meu coração. Depois de passada a fase da convalescença, segue-se oficialmente da fase da recuperação. Terei de tomar outras precauções no futuro, mas, afinal de contas, a medicina preventiva é e sempre será a escolha mais acertada.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Futurologia

Não tem nenhum preconceito contra os professores. Era a forma como vinha o original. A profissão pode lá ser colocada à vontade do blogger. :)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Camadas

Todos os dias, quando me deito, revejo o dia e penso que amanhã será melhor, que saberei gerir melhor o tempo, que irei estar mais bem disposto. Contudo, ao toque do despertador, as resoluções desvanecem. Ainda são reavivadas de tempos a tempos por um snooze ilusório, mas rapidamente têm de ser colocadas em segundo plano.

Qual Photoshop, a vida é feita de camadas (layers), onde as necessidades básicas e imediatas têm de ser colocadas num patamar principal. Neste caso, essa tal camada superior será viver e seguir a indispensável rotina. A segunda camada será melhorá-la. Torná-la mais eficaz.

Mais logo, entre os lençóis, rejuvenescerá a parte sonhadora. O problema é que será apenas por algumas horas. O ciclo é difícil de contrapor.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Por vezes, há lições a tirar dos happy endings

Já toda a gente deve ter ouvido falar da história do homem sem rosto do Rossio, que esta semana foi operado nos EUA, depois de ter passado vários anos no Rossio, onde costumava estar a pedir.

Eu próprio me envergonho de tantas vezes ali ter passado e de nunca ter feito nada. Como a generalidade das pessoas. Mas o pior é que há muitos homens e mulheres sem rosto em Lisboa, Porto e seja onde mais for. Pessoas por quem passamos todos os dias, a quem já fixámos os rostos e gestos. Pessoas que acabam, não direi por fazer parte da paisagem, mas do quotidiano. Quem não recorda dos homens que andam a pedir dentro das carruagens do metro? Ou da senhora que costuma estar na Rua Augusta?

Faz agora algum tempo falou-se daquele idiota que colocou experimentalmente um cão preso à porta de um museu. Toda a gente visitava a exposição, via o cão preso, mas ninguém fazia caso. Passados alguns dias, o animal acabou por morrer à fome e sede. O episódio foi brutalmente censurado e eu próprio condenei essa atitude mas, no fundo, sem muita moral.

Afinal, também eu passo diariamente por pessoas a quem deveria estender a mão. Todos passamos… E bem sei que este texto pouco ajudará a mudar o que quer que seja. É por isso que admiro quem faz voluntariado. Já o fiz ao nível associativo/cultural e posso dizer que é enriquecedor.

Mas quanto à história do homem sem rosto, é uma lição para toda a gente. Os happy endings devem também servir para alguma coisa.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Solução barata para não sentir as medidas de austeridade


Quase dez por cento da população portuguesa está adormecida com antidepressivos. Dizem as estatísticas. Por isso, não creio que a ideia da ministra da Saúde, Ana Jorge, que se diz empenhada em reduzir as prescrições de psicofármacos, seja uma decisão feliz.

Olhem esse quase milhão de pessoas a entrar em rebelião?! Ao menos, assim continua-se a construir uma felicidade aparente. São as vantagens das redomas de vidro. Depressivos deste país, uni-vos por um futuro mais cor-de-rosa!

Aliás, acho que essa será mesmo a solução mais económica para acalmar os ânimos perante as medidas de austeridade que se avizinham. Para andar à deriva, já bastam os submarinos do Portas. Ao menos, ponham os portugueses a dormir (ainda mais). Seremos um povo mais feliz! E teremos verdadeiras razões para não actuar. Até agora, isso só poderia ser justificado com inércia.

sábado, 9 de outubro de 2010

Geração Canguru ou sinais dos tempos?

Quase metade dos homens entre os 25 e os 34 anos, em Portugal, ainda vive em casa dos pais. Segundo o Eurostat, em metade desses casos, a falta de emprego ou um trabalho precário é apontado como o principal motivo.

Os dados do gabinete de estatística europeu indicam que Portugal está no top seis dos países europeus em que os jovens têm mais contratos a termo do que vínculos sem prazo, o que os leva a adiarem a saída de casa dos pais.

Nas mulheres, a percentagem de jovens entre os 25 e 34 anos que ainda vivem com os pais é mais baixa (34,9 contra 47,6 nos homens) porque, segundo o Eurostat, têm tendência para se casar e sair de casa mais cedo. Entre os 18 e 24 anos, os estudos são o principal motivo para não sair de casa.



Notícia que poderá ser escrita daqui a cinco anos:


Dois terços dos homens entre os 25 e os 40 anos, em Portugal, ainda vive em casa dos pais ou dos avós. Segundo os números revelados pelo Eurostat, na quase totalidade desses casos, a falta de emprego é apontado como o principal motivo.

Os dados do gabinete de estatística europeu indicam que Portugal está no top one dos países europeus em que os jovens têm mais contratos a termo ou que desempenham funções de estágio não remunerados, o que os leva darem como definitiva a permanência em casa dos pais.

Nas mulheres, a percentagem de jovens entre os 25 e 34 anos que ainda viviam com os pais era mais baixa (34,9 contra 47,6 nos homens), mas a falta de condições económicas dos casais está a adiar sine die a decisão de contrair matrimónio ou de sair de casa.

A redução do número de matrimónios está igualmente a originar uma quebra na prevalência de divórcios. O sectores ligados à organização de eventos estão a registar quebras superiores a 20 por cento.

As conservatórias falam já em recordes mínimos de afluência. As reduções estão a estender-se ao número anual de recém-nascidos. A maternidade Alfredo da Costa há muito que suspendeu os concursos para novas contratações.

Em declarações à imprensa, o ministro da Segurança Social afirmou existirem mais de dois milhões de reformas em risco. «O sector colapsou», reconheceu.

E digam lá: quem é que ainda precisa de ir ao astrólogo? :)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sinais de época

Entram de mansinho, mas para mim são um dos primeiros sintomas de que o Outono se instala a passos largos, ao mesmo tempo que se vão alertando as mentes que o Natal está a chegar (nãaaaao)!

Falo dos spots televisivos dos perfumes que, para mim, quase atingem o estado da arte ou, pelo menos, andam lá perto. Sobretudo aqueles que se revestem de pequenas histórias, com argumentos curtíssimos, que oscilam entre os 30 segundos e os dois minutos, na versão longa.

Este ano, apenas vi um que me chamou a atenção, pela novidade, que foi o novo perfume da 212.

No entanto, para mim os anúncios do Chanel n.º 5 representam o que de melhor se fez neste segmento da publicidade (cosméticos). E claro, tenho ainda de fazer referência ao clássico spot do Egoïste, curiosamente também da Chanel. Outro clássico.


Novo anúncio do 212 VIP:



Egoïste:



E o meu favorito de todos os tempos / The new Chanel n.º5:

domingo, 3 de outubro de 2010

Política melão

E porque as eleições presidenciais em Portugal se estão a aproximar e a pré-campanha já está na rua (hoje já vi cartazes do Manuel Alegre, por exemplo), eis algumas das ideias que podem ser importadas para este lado do Atlântico.

Do lado de lá, no Brasil, para as eleições de hoje, entre pêras e melões (vejam e percebam porquê), é assim que se dão as cartadas.

Ok, pode ser política folclórica, mas ao menos isso é completamente assumido e não se reveste de máscaras, como se faz por cá.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Aviso

Façam o favor de não jogar no Euromilhões esta semana, ok?
Eu não quero dividir o prémio, tá?! :)
Se me sair, eu prometo um jantar (mas dentro da Lisboa Restaurant Week, para ninguém se habituar mal)! LOL

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Estamos F******* (tramados)


Sempre me lembro de ter ouvido as minhas avós dizer coisas como «no nosso tempo havia muita fome e só bebíamos leite quando alguém estava doente porque não dava para mais» e outras coisas do género que, em pleno século XXI, nos parecem longínquas.

Da mesma maneira que sempre pensei que, até aos tinta anos, conseguiria ter a minha vida organizada, ter a minha casa própria, and so on (sonhar ainda não se paga, por enquanto).

Eis hoje que fico a saber que vou ainda ficar mais pobre. Não que receba ordenado do Estado, que isso não aconteceu, mas que vou perder ainda mais poder de compra, enfrentar mais austeridade, etc.

Sinceramente, como posso fazer planos de futuro – pelo menos em tempos materiais – com perspectivas destas. Tirei uma licenciatura e uma pós-graduação, trabalho desde os 22 anos, estive vários anos a recibos verdes e hoje, aos 29, ainda dependo da minha mãe para não ter de optar entre ter de comprar comida ou ter roupa para vestir.

Sim, sei que o texto está negativo e tal, mas ouvia hoje na Antena 1, quando vinha para casa, que, numa economia aberta, era melhor que as pessoas se fossem habituando, porque «nada voltaria a ser como dantes».

Lembram-se de quando o IVA, aqui há uns dois anos, baixou de 21 para 20, porque já era, alegadamente, possível ter alguma folga orçamental. Lembram-se de os preços terem baixado nessa ocasião? Pois, eu também não… Acham que, agora anunciado que está o aumento do IVA para 23 por cento, que os preços mais algum dia mais irão descer? Creio que também já sabem a minha resposta…

Depois de feitos os cortes a uma série de subsídios, acham que mais alguma vez vão voltar a ter os montantes que tinham? Claro que não (atenção que não defendo a subsiodependência, mas apenas o que é justo)! Poder-se-á dizer «ah, e tal, agora vamos finalmente aprender a viver com menos e vai servir de exemplo para o futuro». Não creio.

P: Já agora, só mais uma coincidenciazinha: já viram quando é que este novo pacote de medidas foi aprovado?!

R: Dias depois de o Presidente da República, constitucionalmente, já não poder dissolver nenhum Governo.

Acho que vou começar a pensar em emigrar. Aliás, acho que estamos a regressar ao passado. Só espero não chegar ao extremo das avós.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quem manda?



Mais aqui.

sábado, 25 de setembro de 2010

Texturas


– És complicado! –, ouvi do outro lado da linha!
– Prefiro outra descrição, gosto mais que me observes como uma pessoa densa… –, retorqui.
– Por que não pode ser tudo mais simples? –, continuaste.
– Preciso de um certo abismo controlado para estar equilibrado.
– Isso não é destrutivo?
– Bem pelo contrário.
Fez-se um silêncio prolongado (…).

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Afinal havia outro

Depois da versão original publicada pelo Zoninho e do remake já mostrado pelo X, parece que agora há mais um candidato a Ministro(a) da (des)Educação! Mas lá que o puto apanhou a caricatura, não há dúvida!




Para comparação, a versão original (onde curiosamente os comentários foram desactivados):

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sintomas de mudança II

Mas o melhor é passar a gostar de coisas que até há pouco tempo me passavam completamente ao lado ou que não tinha força de vontade para reconhecer que as apreciava.

sábado, 18 de setembro de 2010

Sintomas de mudança

Um dos sintomas que mais me dá o alarme de que mudei é quando revejo um filme, série ou música que gostei em tempos e que agora, perante os mesmos, apenas tenho vontade de procurar o botão do off.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Contas à vida

Ou sou eu que estou a ficar demasiado pobre, ou então foram as coisas do Ikea que subiram demasiado os preços! Mais de 300 euros por um armário vulgar e ainda ter de o carregar e montar?! Não me parece...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Para fechar a semana com fantasia

Há que tempos não via isto. Ok, devo parecer um puto de cinco anos! Por norma, nem sequer vou ver filmes de animação ao cinema, mas há dois ou três desenhos animados e um ou outro filme que nunca mais me vou esquecer. Para quem acredita em príncipes e princesas (TOLOS!), aqui vai um apontamento para fechar a semana. Ah, e sim, a maior parte do meu imaginário dos desenhos animados está dobrado em brasileiro.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Updating my ideas

..........25%
....................75%
..............................100%

(Concluído, mas com alguns erros.)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Espelho da alma e outras coisas mais

Não gosto de me sentir a prazo, de ter a sensação de um futuro a prazo, seja em termos de trabalho, de sentimentos ou de acções. Como caranguejo que sou, preciso de saber o que vou fazer amanhã, preciso de agendas e de bilhetinhos com listas imensas de coisas para cumprir (mesmo que saiba que não são exequíveis num só dia e por vezes nem sequer numa semana).

A metáfora talvez não seja das melhores, mas é como me sinto ao tirar uma fotografia. Antevejo que aquela imagem vai ser a prazo. Não porque não possa perdurar no tempo, mas simplesmente porque sei que não me vou rever na imagem daqui a um ano.

Há quem adore recordar imagens e fotografias. A mim causa-me sobretudo angústia ver instantes do passado impressos no papel ou reflectidos no ecrã. Ou porque já não me revejo daquela maneira, ou porque vejo o semblante de algo que poderia ter sido ou feito de outra forma.

O mais estranho disto tudo é que, não raras vezes, é na fotografia (do presente/mais actual) que me reconheço e olho para o meu interior. Mais do que no reflexo do espelho.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Momento áureo do meu dia

Talvez seja da luz de Setembro, talvez seja por ser segunda-feira, talvez seja devido ao facto de os dias estarem mais pequenos, mas a verdade é que hoje tive dores de cabeça durante dez horas. O momento áureo? Foi tomar um belo de um Nimed, depois do jantar. Mas mesmo assim ainda está por aqui uma certa moinha.

Apesar de tudo, apostaria mais na primeira opção. Esta fase de transição custa-me um pouco a enfrentar. Não desgosto do Outono pleno, mas torço o nariz a estas primeiras mudanças, aos tons de tarde demasiado ocres. Apesar disso, tenho de admitir que hoje, por volta das oito horas, estavam umas tonalidades no céu como não se via há muito tempo.

domingo, 5 de setembro de 2010

Pelourinho: errei sim

Escrevia no post anterior (já corrigido): «Isto vem a atalho (sic) de foice». Fiquei a remoer naquilo durante a tarde e hoje fui confirmar. Era asneira, claro. Mas fico contente por saber que aquilo não me soou como devia de ser. Eis a explicação e a sua fonte.

Macicez/talho de foice

[Pergunta] Li há dias, num jornal de Lisboa, alguém a escrever "massividade". Como ele também escrevia "'talhe' de foice", em vez de "talho de foice", fiquei duplamente desconfiado. Querem fazer o favor de me esclarecer.

Obrigado.

António Sousa :: :: Lisboa, Portugal

[Resposta] Tem razão. «Massividade» (de «massiv(o)» + -idade) não existe. Talvez esse «alguém» quisesse escrever macicez - qualidade do que é maciço. A expressão é, como referiu, vir a talho de foice, que significa «vir a propósito».

C.M. :: 05/03/1999

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

É Setembro, mas é ainda tempo de sun

Isto vem a talho de foice, mas é um bom argumento para partilhar a minha mais recente descoberta. I love it!

Caribou: Sun



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Senilidade, pressão internacional ou ternura da idade?

Fidel Castro lamenta homofobia do regime cubano

O antigo Presidente de Cuba, Fidel Castro, pediu desculpa pelo comportamento homofóbico do regime comunista, que há meio século enviou centenas de homossexuais para campos de trabalho forçado sob a acusação de serem contra-revolucionários. “Foram momentos de grande injustiça, e se alguém é responsável, sou eu”, confessou Fidel, numa entrevista ao jornal mexicano La Jornada.

Pela primeira vez, Fidel admitiu que, tal como as mulheres e os negros, os homossexuais foram marginalizados e perseguidos pelas autoridades, depois da revolução de 1959. Durante as décadas de 60 e 70, centenas de pessoas foram despedidas, forçadas ao exílio e enviadas para campos de reeducação – as chamadas Unidades Militares de Ajuda à Produção – por causa da sua orientação sexual.

“Nesses tempos, não me podia ocupar desse assunto. Tínhamos tantos problemas de vida ou de morte que não prestámos atenção”, justificou o antigo guerrilheiro, acrescentando que depois da revolução estava mais preocupado com “a guerra com os ianques” e os “planos de atentado contra a minha pessoa” do que com a repressão dos homossexuais.

Passados mais de 50 anos, Fidel disse que “queria delimitar a sua responsabilidade” na discriminação sofrida pelos gays, “até porque pessoalmente não tenho esse tipo de preconceito”, esclareceu. No entanto, e como revelou uma pesquisa nos arquivos dos discursos do “Comandante”, Castro usou várias vezes palavras depreciativas para referir-se aos homossexuais. “A nossa sociedade não pode dar cabimento a essas degenerações”, declarou em 1963.

Outra vez, Fidel especulou sobre as origens da homossexualidade: “Eu, que não sou cientista, sempre observei uma coisa: o campo não gera esse subproduto. Estou convencido de que esse problema tem tudo a ver com um ambiente de indolência”.

A homossexualidade foi descriminalizada em Cuba em 1979, mas, segundo denunciou a confederação espanhola LGBT Colegas, a homofobia ainda está latente naquele país. “A polícia ainda reprime duramente os homossexuais nos seus lugares de encontro, como parques, praias, cinemas ou festas, e continua a encarcerá-los. E também persegue as organizações e activistas independentes, como a Fundação Reinaldo Arenas, que não é controlada pelo Cenesex”, acusou o porta-voz da Colegas, Paco Ramírez, referindo-se ao Centro Nacional de Educação Sexual, dirigido pela filha do Presidente Raul Castro.

De acordo com números coligidos por aquela fundação, mais de 5000 jovens gays cubanos foram detidos ou multados pela polícia e cerca de 600 homossexuais seropositivos foram condenados à prisão por “perigo social”.

Fonte: Público

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Radiohead: Fitter Happier



Se isto não é o reverso da medalha da modernidade, anda lá perto.

domingo, 29 de agosto de 2010

Sim? Não? Talvez?


Pensar muito será um bom conselho universal? Nem sempre... na minha opinião...

Mas decerto não serei a melhor pessoa para dar conselhos. Já por aqui tenho dito que, perante qualquer coisa, enumero os prós e os contras quase até à exaustão. O pior é que depois, diante a extensa lista de pontos contra e a favor, ainda fico mais indeciso.

É talvez por isso que é tão penoso para mim tomar decisões. Por vezes, torna-se mesmo num processo doloroso. E o pior é quando este sistema começa a interferir nas coisas básicas ou supostamente prazeirosas do dia a dia ou nos momentos de lazer. Fico, não fico? Vou, não vou? Quero, não quero?

Poderia adoptar o slogan: «Que se lixe!», e atirar-me de cabeça. Mas depois sei de antemão que saberia ainda menos lidar com as consequências que daí pudessem advir. Assim, ao menos tenho o justificativo de que o processo não foi irreflectido.

(E sim, sei que não me posso queixar, porque afinal sou eu que não estou a mexer uma palha para alterar este estado de coisas).

sábado, 28 de agosto de 2010

Oxalá...

...fosse sempre Verão! Seria uma pessoa mais feliz.

(Será que fui feito para viver noutro continente, assim mais tropical?)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Interrogação

Por que razão as minhas supostas 8 horas de trabalho rapidamente se transformam em 10 horas ou mais? E sabem quando me apercebo verdadeiramente disso? Quando chego ao espelho e vejo que barba cresceu (aparentemente mais do que o normal, mas afinal foi mesmo o tempo que passou). Outro dos indicadores são as coisas que começo a acumular em cima da secretária, desde chávenas de café, a pacotes de bolacha, passando ainda pelos copos de iogurte vazios.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Coisas kafkianas aka serviços telefónicos

Com o devido respeito por quem trabalha nos call center, mas cada vez mais me convenço de que estes serviços não passam de uma mera formalidade das empresas e que pouco mais servem do que para fornecer pequenas informações.

Hoje tive de recorrer a um desses serviços, até que, a páginas tantas, numa questão mais complexa - relativa a pagamentos, claro está -, oiço a seguinte resposta: «essa é uma questão a que não lhe sei responder». Como???

Ora, se eu ligo para o número da empresa, que supostamente é para dar informações, e onde se pode tratar toda e qualquer questão contratual, como não sabem responder??

Ainda poderia ter espingardado e perguntar para que servia afinal aquele serviço e o que o operador estaria ali a fazer, etc. Mas depois pergunto: a maior parte das pessoas que ali estão a trabalhar encontram-se a prazo, a cumprir formalidades e são apenas aconselhados a agradar ao cliente. O que isso iria adiantar? E ouvir um «sim mentiroso» - que na verdade corresponde a um não sei - é algo que não me apetece.

Por isso mesmo, esta semana, irá seguir carta registada com aviso de recepção para ver se as coisas correm melhor.

Perante as grandes empresas, por vezes sinto que estou num meio de um abismo onde ninguém me ouve.

Sabem qual é a melhor solução? Mudar de empresa, se houver mais serviços disponíveis na mesma área e não se tratar de um monopólio. É a forma mais visível de protesto e vão ver que têm alguém de seguida a contactar-vos para saber por que querem mudar e a oferecer soluções.


Kafka: se vivesses no século XXI, não serias um incompreendido.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Volver, volver...



Adoro isto! «Volver, volver», Concha Buika.

Milagres calóricos


Um strudel de maçã (o pré-cozinhado do Minipreço é excelente), acompanhado por uma bola de gelado depois da refeição, com um café à mistura, tudo depois do jantar, é uma combinação que, se não faz bem à alma, anima o espírito.

PS: No fim-de-semana tenho muito para correr, mas isso são outros pormenores.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A idade não perdoa

Não sou muito de noitadas fora de casa, mas este sábado saí e só regressei à base quando o sol já despontava no horizonte. Junte-se a isto umas horas de trabalho ao final do dia de domingo e eis-me em piloto automático durante o dia de hoje. Eu não durmo muito, mas as minhas seis horas da praxe fazem-me cada vez mais falta!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Espaços e pessoas

Ainda estou para perceber se o que me faz realmente desgostar de um espaço é atmosfera que lá se vive ou se são as pessoas que o habitam.

Seis minutos e pouco que valem a pena

Isto é roubo de roubo, mas é por uma boa razão. Foi visto pela última vez aqui e não resisti a (re)publicar.



PS: Se alguém conhecer mais alguma coisa sobre o grupo em questão, por favor partilhe, ok?! :)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sobre o desassossego

Tenho estado de férias, mas essencialmente tenho tido dificuldade em concretizar o meu principal objectivo, que é pôr as ideias em ordem. Por estar demasiado embrenhado nos ciclos da rotina, ao longo dos últimos meses, apercebi-me de que me tenho desabituado de raciocinar mais metafisicamente, isto é, além das questões que estão directamente relacionadas com a minha actividade profissional e/ou da vertente prática do dia a dia.

Acontece é que esta insistência em contrariar tendências (precisamente nas férias) me está a desassossegar e a impedir que esteja em paz comigo mesmo. Poderia estar de papo para o ar os dias todos? Poderia, mas não conseguiria. Acho que há algo em mim que me leva sempre um pouco ao abismo das questões, algo que me impele constantemente a abdicar das certezas.

Pode ser estimulante, mas essa mania cansa-me não só a mim, mas também aos outros. E enquanto eu não resolver isto, dificilmente vou ter sossêgo (e os outros também).


PS: As pessoas mais chegadas (leia-se de família) dizem que me queixo muito. Se for o caso, por favor sintam-se à vontade para me puxar as orelhas.

sábado, 31 de julho de 2010

Expectativas

Será errado esperar sempre mais dos outros? Ou será apenas puro egoísmo? E o facto de se esperar mais não pode significar que acreditamos (ainda mais) nas qualidades/potencialidades/capacidades dessas mesmas pessoas?

Também fiz esta pergunta a mim próprio. Se poderia esperar mais de mim. Vou aprofundar o assunto, mas a verdade é que não consegui esboçar uma resposta concreta e imediata.

Será um daqueles casos em que «não esperes dos outros aquilo que não consegues exigir de ti mesmo» (numa alusão à máxima não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti).

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quando a cabeça não tem juízo

Acho que ao longo dos anos já me afeiçoei às minhas dores de cabeça. Até acho estranho quando elas não aparecem. Parece que falta qualquer coisa. É isso e não acordar um dia que seja assim para o estremunhado. Aqueles cinco primeiros minutos do dia são penosos (não se metam comigo nessa breve fatia de tempo, ok?!).

domingo, 25 de julho de 2010

Coisas da vida

Lembram-se daquela conversa em que falava do meu avô? Pois parece que não se pode ter um momento de felicidade. Uma semana depois, quis a vida/destino/outra coisa qualquer (?) que uma das minhas avós falecesse.
Foi no fim-de-semana passado, fiquei destroçado e só agora consigo ir retomando o fio à meada das coisas. Para não pensar muito (no que quer que seja), tenho trabalhado furiosamente à média de 12 horas por dia e agora começo, finalmente, a tentar abrandar. Se tudo correr bem, estou quase a entrar de férias. A ver se consigo assentar a poeira e ir tentando esquecer as imagens da semana passada.
É estranho lidar com a morte. Ter ao pé de nós alguém que já foi, mas que, simultaneamente, ainda é. Pelo menos, em termos físicos. Tenho ido lendo os blogues aqui do lado, de todos vós, mas não tenho tido capacidade de fazer mais do que isso, leia-se comentar. Mas o tempo curará a maior parte das coisas. Até breve.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pequeno apontamento sincero

Durante o jantar, em conversa com o meu avô:

- Ainda não te vi sorrir hoje. Estas sempre tão sério...

Sorri e respondi:

- É verdade avô. São dias.

Apesar de tudo, a observação do meu avô fez-me sorrir. Sempre tão calado e, afinal, sempre atento a muito mais coisas do que eu imaginaria. Fiquei simultaneamente contente e sensibilizado. Mas, de facto, ando a sorrir de menos.


PS: Só para justificar a ausência que se deve ao facto de estar a fazer as férias de colegas e a dormir uma média de cinco horas por noite.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Solidariedade canina/felina

Tenho acompanhado o trabalho da associação de defesa dos animais Bianca e, por isso, aproveito para deixar aqui a nota do espectáculo de beneficência que vai ocorrer no sábado, a partir das 15h00, no mercado da Lagoa de Albufeira, em Sesimbra.

Haverá concertos ao vivo, grupos de dança, equitação, jogos populares, demonstração de cães de busca, after party com DJ Pepper e Revival de música dos anos 70's, 80's e 90's, bancas diversas de artigos, etc.

Pode ser uma sugestão pós-praia. A entrada são dois euros (e pode sempre levar-se umas rações e afins) e os lucros revertem para a associação que tem entre mãos dezenas de animais abandonados e lida com situações de crueldade que eu pensava não poderem existir em pleno século XXI. Dêem uma olhadela ao site e ao blogue. A crise toca a todos, mas fechar os olhos não é solução...

sábado, 3 de julho de 2010

Entendam-se, por favor

Como é que, por um lado, as empresas recorrem ao Facebook como forma de promoção e contacto «social» dos seus produtos e serviços e outras, pura e simplesmente, proíbem o acesso a tais redes. Como é que o Estado já incorpora esses mecanismos em plataformas como o Ministério das Finanças e depois restringe o acesso noutros contextos? Entendam-se, por favor!

Já agora, e atalho de foice, cruzei-me com uma apresentação de uma longa metragem sobre o Facebook. O lema? Não é possível ter 500 milhões de amigos, sem fazer alguns inimigos! Let´s look at the «treila», como dizia o outro.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Alguma vez teremos direito a ser burros?

Há dias em que me sinto burro, com vontade de desistir, mas nem a isso tenho direito. Perante o mundo exterior tenho de continuar a sorrir, a transpirar competência e eficiência. Viva o pós-modernismo, o taylorismo e outros «ismos» afins. Só não funciono a gasóleo, mas às vezes sinto que entrei numa espiral mecânica.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Futebol radiofónico

Não sou muito fervoroso em relação ao futebol, mas gosto imenso de acompanhar uma partida decisiva pela telefonia! E viajar de carro enquanto se acompanha o jogo ainda é mais divertido! No fundo, é o ressuscitar das radio-novelas.

PS: E não é que gosto desta expressão: telefonia.

Pós (qualquer coisa)


Hoje, na Assembleia da República, ouviu-se falar em atitudes, política e políticos pós-modernos. Assim, dá gosto ouvir debates quinzenais (a leitura desta frase deve ser acompanhada por um sorriso sarcástico).

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Experiência sociológica

P: E sabem onde se pode ter tamanha experiência sociológica?
R: No Minipreço. E só por lá estive vinte minutos.

Ora vejamos:

- Oiço simultaneamente Depeche Mode e o antiquíssimo «This is the rithm of night» (que me deu vontade de re-ouvir)

- Vejo casais a tentarem reconciliar-se nos corredores

- Vê-se pessoas que fazem esforços para poupar e outras que compram o que lhes aparece à frente

- Vê-se quem compra comida pré-feita ou quem prima por cozinhar

- Vê-se crianças mal-educadas e a fazer birra por causa de um chocolate

- Vê-se as pessoas que lutam para passar à frente quando abre outra caixa para pagamentos

- Já para não falar daquelas pessoas que escolhem e viram do avesso toda a fruta para tirar a melhor (e os outros que comprem o que elas já esmagaram)

- E lista continua (...)


Conclusão: mostra-me o teu comportamento no supermercado, dir-te-ei como és.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma possível resposta

Respondendo, em parte, às questões de ontem, deixo o excerto de um texto que hoje se cruzou comigo, da autoria de José Saramago. Não concordo com tudo o que é dito, mas encontrei algumas explicações. A versão completa pode ser vista aqui.

É verdade que podemos votar, é verdade que podemos, por delegação da partícula de soberania que se nos reconhece como cidadãos eleitores e normalmente por via partidária, escolher os nossos representantes no parlamento, é verdade, enfim, que da relevância numérica de tais representações e das combinações políticas que a necessidade de uma maioria vier a impor sempre resultará um governo. Tudo isto é verdade, mas é igualmente verdade que a possibilidade de acção democrática começa e acaba aí. O eleitor poderá tirar do poder um governo que não lhe agrade e pôr outro no seu lugar, mas o seu voto não teve, não tem, nem nunca terá qualquer efeito visível sobre a única e real força que governa o mundo, e portanto o seu país e a sua pessoa: refiro-me, obviamente, ao poder económico, em particular à parte dele, sempre em aumento, gerida pelas empresas multinacionais de acordo com estratégias de domínio que nada têm que ver com aquele bem comum a que, por definição, a democracia aspira. Todos sabemos que é assim, e contudo, por uma espécie de automatismo verbal e mental que não nos deixa ver a nudez crua dos factos, continuamos a falar de democracia como se se tratasse de algo vivo e actuante, quando dela pouco mais nos resta que um conjunto de formas ritualizadas, os inócuos passes e os gestos de uma espécie de missa laica.

Já agora, também gostei deste texto.

Uma questão semântica

É curioso que, quando há eleições, apela-se ao voto do «povo».
Depois, quando precisamos da Europa, fala-se em «cidadãos».
E quando se pede esforços e contenção orçamental, apela-se à compreensão dos «portugueses».

E se eu fizer birra e quiser apenas ser «pessoa»?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Teoria da noite


Invariavelmente, é à noite que consigo ver com maior nitidez e pensar de forma mais fluída.

Provocação(zinha)

Gostava de ser mosca (só por uns breves minutos!) para ver as técnicas laborais de como parecer que se está muito atento ao trabalho, hoje, entre as 15 e as 17 horas, quando de facto se está a milhas de distância! Acho que se vai provar que o Twitter pode vir a ganhar mais algumas funcionalidades.

domingo, 13 de junho de 2010

Mudar?

Há dois dias, assim que o Blogger colocou um novo botão no painel, com opções de design – onde um balão se auto-abria, sugerindo templates – veio logo o Velho do Restelo que há em mim ao de cima. «O que é que estes querem agora? O design que escolhi está bem como está e não é agora que há mais bonecada que vou mudar», pensei.

Horas depois, começo a reparar que alguns dos blogues que visito tinham alterado os layouts, ao ponto de ter até dificuldade em os reconhecer (com mais ou menos intensidade, é inegável que os símbolos e signos visuais também são sinónimo de pertença e de identificação).

Pensamento imediato da minha parte: «eles arriscaram e eu não; eu quis manter tudo como estava». Dirão os mais conservadores: «se ele é assim num blogue, também é assim para a vida».

Não deixarão de ter alguma razão, mas facto é que primeiro terei de analisar se vale a pena mudar. E isto vale para o um simples blogue, como para a vida, como para um emprego.

Não é que não queira mudar. Isso não está automaticamente posto de parte! Mas tenho de analisar se isso vai trazer alguma coisa de bom. Porquê? Porque as cores actuais do blogue fui eu quem as escolhi, porque o desenho do Keith Haring fui eu quem o digitalizou, porque os elementos da página tiveram a sua coerência para ser escolhidos. Houve investimento pessoal e afectivo nas coisas.

E no fundo, é isso. Creio que só vale a pena mudar se essa mesma mudança fizer sentido, se for boa para mim e para os outros, se tiver significado. É por isso que optei por valorizar o que tinha escolhido em vez de seguir para um modelo pré-formatado, pronto a consumir.

Evidentemente que não estou a censurar quem o fez, antes pelo contrário. Admiro a capacidade de mudança e a tenacidade pessoal em não permanecer agarrado às normas de sempre, às mesmas rotinas. Mas há uma certa constância que preciso para sentir que as coisas não estão fugir, que os meus elementos de sempre e que me dão segurança estão lá.

No fundo, é como ter ou não apego aos objectos. E, nesse campo, sou um exemplo terrível: tudo o que tenho guardado tem um significado: o bilhete do concerto de há três anos, a concha da praia, o velho caderno de apontamentos, o jornal do acontecimento marcante ou o postal de há 10 anos atrás.

Se guardar as memórias me dá conforto? Dá. Se tudo isto dá trabalho e ocupa espaço? Nem vale a pena comentar. Se implica investimento afectivo? Oh yeah!

Mas não desisti de mudar. Melhor, de EVOLUIR.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Aparentemente...

Indecisão. Ou vontade de a contrariar. É por isso que gostava de ter toda a retórica das personagens de uma qualquer série Norte-americana, onde os protagonistas sabem sempre o que dizer na hora e momento certos, com o mínimo de consequências possíveis (ou quando elas existem são sempre enquadradas e/ou minimizadas).

Bem sei que tudo aquilo é ficção, que os textos são trabalhados até à exaustão, mas mesmo que fizesse isso como trabalho de casa, antevendo cenários, nunca teria o mesmo efeito na vida real.

É claro que ao longo do dia temos de desempenhar vários papéis: faz parte da sobrevivência. Aparentar o máximo de segurança no trabalho, mostrar o máximo de competência, desligar parte dessa rigidez quando se entra nos círculos mais familiares, and so on.

Mas os meus valores estão dos dois lados da barricada. Não há uma pessoa «A» e uma pessoa «B» em cada um dos lados do cenário. Quanto muito, há registos diferentes.

Não estou a dizer que sou o modelo ideal: longe disso. Tenho defeitos. E muitos, provavelmente, nem eu me apercebo deles. Mas… lá está: há quem leve os tais diálogos (trabalhados) das séries demasiado a peito. As consequências? Acho que cada um as enfrenta diariamente.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

There will be no war!

The battle will be over
There will be no war





Continuo a achar que há poucos artistas que consigam expressar tanto com tão pouco.
Moby é um mestre nisso. O longínquo «Play» é algo de extraordinário.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O terror das minhas noites


...pesa menos de uma grama, é acastanhado, deixa marcas, faz barulho e tira-me o sono!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Saudades do futuro

O teu nome não aparecia no visor do telefone há algumas semanas. Depois de o aparelho não dar mais de dois ou três toques, atendi. A tua voz, hesitante, perguntou como eu estava, ao que respondi que «bem», mesmo após um dia cansativo. Retorqui a pergunta e questionei a que se devia «tão ilustre telefonema». Respondeste que telefonavas por que querias. Depois disso, os assuntos começaram a não fluir. Afirmaste que estava dificultar as coisas. Mas não sinto que era apenas eu que o estava a fazer. Foi mútuo. Foi a distância. Foi o tempo. Afinal, ainda falaste menos que eu. Mas isto não é nenhuma competição, apesar de os teus silêncios – que os aprecio – serem bem maiores do que os meus. As amizades, relações ou o quer que seja, quando não são cultivadas ou foram sujeitas erosão, custam a recuperar. Apesar disso, não estou zangado. Nem conseguiria estar. Continuo a mesma pessoa. Apenas vejo as coisas com outro espírito e não posso mais manter a letargia que me tolhe há meses. Houve uma altura em que preferi não pensar em nada, mas isso levaria a quê? Também não encontrei resposta. Afinal, nunca fui muito bom em respostas espontâneas. Com excepções, são pouco felizes.

domingo, 6 de junho de 2010

Se eu tenho um ideal?

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.



Sophia de Mello Breyner Andressen

quinta-feira, 3 de junho de 2010

E o que há de melhor numa tarde de Verão?

...Dormir uma sesta depois de um banho refrescante!

Ah, ócio que me matas!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Oxalá fosse sempre Junho

E pronto, é só isso. Gosto deste mês. É simpático, tem a natureza com todo o seu vigor, dá vontade de pensar em projectos, independentemente de estes não se realizarem. Marca o início da época que mais gosto de ano. Sofro muito com o frio. Curiosamente, este mês vou passar a receber ainda menos ordenado, mas haja coisas que me distraiam, que bem preciso.


Em homenagem ao universo «kitsh» que às vezes atravessa este blogue, aqui vai uma musiquinha que fala sobre Junho.

domingo, 30 de maio de 2010

Se casarem, não mudem de personalidade, por favor

Quando o filme «O sexo e a cidade» esteve no cinema, não fui ver. Achei a coisa demasiado «rosa» para gastar esse dinheiro num bilhete e acabei sempre por ver outras coisas que estavam em cartaz.

Hoje, o filme deu na TVI, à tarde, e enquanto trabalhava frente ao computador (sim, porque isto de ser feriado na quinta-feira tem que se lhe diga e obriga-me a trabalhar por antecipação), acabei por dedicar mais atenção ao dito cujo do que as obrigações que tinha à minha frente.

Isto tudo para ir parar ao tema que me interessava: o casamento, que é, aliás, a locomotiva de toda a historia do filme. Nunca percebi porque é que as pessoas quando estão à beira dos 30 entendem que têm de casar fazer disso uma obrigação. «Porque depois é tarde de mais», é o argumento que mais utilizam. O que, obviamente, não me convence: há quem case aos 70.

Muitos dos meus melhores amigos e amigas - não são assim tantos como isso - já caíram na «tentação» e ei-los agora casados e com filhos nas mãos. Se isso lhes aumentou a felicidade? Eles dizem que sim, mas eu não leio isso no brilho dos olhos deles.

Inevitavelmente, as conversas giram agora à volta de fraldas e infantários. Nessas alturas, deixo de ter assunto de conversa e apetece-me começar a falar do tempo. Não são mais as pessoas criativas que eu conheci na universidade e isso dá-me saudades de ter essas mesmas pessoas de volta.

Serei albino?

Acho que estou a ficar albino. Bastou sair de casa em manga curta e praticamente fiquei com um mini-escaldão nos braços.

Já tenho protector 50+. Este ano não pode mesmo haver esquecimentos: mesmo no final do Verão, sou capaz de ficar com escaldão se alguma das vezes não puser protector.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Silence becomes it

Gostava de voltar a ter aquele mesmo olhar «parvo» para a vida quando, no final dos anos 90, me deixava embevecer com as músicas dos extintos «Silence 4» e pensava que o amanhã seria sempre melhor.

Frustração

Por não estar lá, adoptei a resolução de nem sequer querer ouvir os concertos que hoje estão a ser transmitidos em directo, pela RFM, do Rock in Rio. Contudo, a vontade foi mais forte e lá liguei eu o rádio. Contudo, apenas ouvi migalhas. O star sistem da banda e seus patrocinadores - leia-se produtores - não autorizaram a transmissão em directo do concerto de Muse. Em alternativa, estão a passar pequenos excertos, intercalados com alguns dos melhores momentos dos Xutos e Pontapés: «a vida é sempre a perder», ouve-se. Em determinados momentos e dias, é. Sempre tentei não me vincular ao excessivo pessimismo de muitas das suas músicas, mas dou por mim a ser vencido em alguns casos.