sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dualidades



Oiço tanta gente a queixar-se de que tem falta de tempo, que não consegue fazer o que quer, que trabalha como se não houvesse amanhã. Às vezes, também me queixo do mesmo. Mas ficamos a pensar duas vezes quando alguém nos diz: «eu gostava de não ter tempo. Estou desempregada e até tenho muito tempo de sobra». Estranhas dualidades estas dos tempos modernos. Não é só a riqueza mundial que está mal distribuída. É também o tempo. E até os afectos.

12 comentários:

  1. Nem imaginas como está mal distribuído o tempo.
    Até dentro do próprio tempo...

    ResponderEliminar
  2. A melhor percepção do tempo, é estar aflito para ir à casa de banho e repararmos se estamos no lado de dentro ou no lado de fora :)

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Eu tenho algumas renitências nisso de ter tempo a mais. Por mim, só me queixo de falta dele, se o dia tivesse 48 horas a minha vida seria bem mais fácil.

    ResponderEliminar
  4. eu acho que estou a aprender a equilibrar melhor o meu tempo. cada vez que queixo menos. mas sim... desempregado ´e que nao

    ResponderEliminar
  5. Não há falta de tempo; existem sim escolhas mal feitas ou mal geridas. E a falta de tempo, que eu tanto ouço da boca daqueles que não têm interesse em fazer algo, é uma mera desculpa. Se houver interesse, faz-se!

    ResponderEliminar
  6. Os dias tem 24 horas. Se soubessemos gerir bem o tempo que temos, em vez de o gastar com futilidades, e soubessemos impor regras a nós e aos outros, as coisas mudavam.
    Eu tambem precisava de dias com 48 horas como diz o rabbit, até que houve um dia que quase estoirei. Passei a entrar as 9 em vez de entrar as 7.30-8h00. Passei a Almoçar convenientemente numa hora e não uma buxa em 10m, e passei a sair nunca depois das 18h00. Às 18:45 estou no ginasio para as 20h00 estar já em casa.
    Se sou importante no local onde trabalho, se o meu director de serviços diz que precisa muito de mim, e digo-lhe, que para isso, eu preciso de estar bem, equilibrado, com boa saúde. Caso contrário não tem o que quer.
    Depois há o tempo para mim. Quando namorava com o Nuno ainda mais importante era o tempo, pois queria estar com ele.
    Tive de trabalhar mais e conversar menos. Tive de abdicar de ir imenso ao Facebook nas horas de trabalho, acabar com a quinta Farmville. E trabalhar.
    E não abdico de dormir entre 7 a 8 horas. Senão lá se vai a beleza ehehheh

    ResponderEliminar
  7. @Pinguim: só gostava de saber como poderia corrigir essa falha! :) Mas creio que nesse momento seria milionário. :)

    @LM: às vezes, dá-me para estas coisas! :)

    @Francisco: essa é a verdadeira noção prática do tempo!

    @Um coelho: a parte má das 48 horas é só viverias metade dos anos, tendo em conta que um ano valia por dois...

    @Speedy: se pensarmos bem, há demasiadas coisas com as quais gastamos tempo e que são absolutamente desnecessárias...

    ResponderEliminar
  8. @Individualmente: hum... essa é uma visão a frio da coisa. Eu sou sincero: preciso de tempo para fazer as coisas bem feitas. A escolha pode ser bem feita, mas posso precisar de tempo para a executar... o que nem sempre é possível. Creio que é daí que depois nascem muitas destas dualidades.

    @Sôfrego: uau! Isso é que é uma boa gestão de tempo! Mas temos de admitir que nem toda a gente terá directores que pensam assim. Ainda há muito no país a mentalidade de que o bom funcionário é aquele que entra cedo e sai tarde. Eu, por exemplo, prefiro trazer trabalho para casa e não passar tantas horas no emprego. Mas sei que o posso fazer. Outras pessoas já não.

    ResponderEliminar
  9. Ainda se lembram daquela lenga-lenga: o tempo perguntou ao tempo quanto tempo tem o tempo. E o tempo respondeu: eu tenho tanto tempo como o tempo que o tempo tem.

    ResponderEliminar
  10. @Sôfrego! Valeu o teu comentário! Eis-me de regresso! Um abraço.

    ResponderEliminar