sábado, 9 de outubro de 2010

Geração Canguru ou sinais dos tempos?

Quase metade dos homens entre os 25 e os 34 anos, em Portugal, ainda vive em casa dos pais. Segundo o Eurostat, em metade desses casos, a falta de emprego ou um trabalho precário é apontado como o principal motivo.

Os dados do gabinete de estatística europeu indicam que Portugal está no top seis dos países europeus em que os jovens têm mais contratos a termo do que vínculos sem prazo, o que os leva a adiarem a saída de casa dos pais.

Nas mulheres, a percentagem de jovens entre os 25 e 34 anos que ainda vivem com os pais é mais baixa (34,9 contra 47,6 nos homens) porque, segundo o Eurostat, têm tendência para se casar e sair de casa mais cedo. Entre os 18 e 24 anos, os estudos são o principal motivo para não sair de casa.



Notícia que poderá ser escrita daqui a cinco anos:


Dois terços dos homens entre os 25 e os 40 anos, em Portugal, ainda vive em casa dos pais ou dos avós. Segundo os números revelados pelo Eurostat, na quase totalidade desses casos, a falta de emprego é apontado como o principal motivo.

Os dados do gabinete de estatística europeu indicam que Portugal está no top one dos países europeus em que os jovens têm mais contratos a termo ou que desempenham funções de estágio não remunerados, o que os leva darem como definitiva a permanência em casa dos pais.

Nas mulheres, a percentagem de jovens entre os 25 e 34 anos que ainda viviam com os pais era mais baixa (34,9 contra 47,6 nos homens), mas a falta de condições económicas dos casais está a adiar sine die a decisão de contrair matrimónio ou de sair de casa.

A redução do número de matrimónios está igualmente a originar uma quebra na prevalência de divórcios. O sectores ligados à organização de eventos estão a registar quebras superiores a 20 por cento.

As conservatórias falam já em recordes mínimos de afluência. As reduções estão a estender-se ao número anual de recém-nascidos. A maternidade Alfredo da Costa há muito que suspendeu os concursos para novas contratações.

Em declarações à imprensa, o ministro da Segurança Social afirmou existirem mais de dois milhões de reformas em risco. «O sector colapsou», reconheceu.

E digam lá: quem é que ainda precisa de ir ao astrólogo? :)

11 comentários:

  1. como te compreendo amigo. Sair de casa hoje em dia só se partilhares as contas com mais alguém

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  2. Nem mais! Eu entretanto acrescentei mais umas coisas ao texto para ficar mais catastófico! (Tenho a mania de acrescentar cenas depois de publicado e esqueço-me de que há quem possa ler logo)!

    E é também uma questão de opção: estar debaixo do tecto dos pais implica que possas ter mais dinheiro para comprar outras coisas para ti. Mas há o reverso da medalha, uma vez que isso implica estares é sujeito a outro tipo de regras e privações...

    Abraço!

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  3. Não pensei que o número fosse tão elevado. Sou um sortudo por ter a minha casa.
    Abraço

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  4. Pah sorte a minha que ainda tenho 24 se não estaria a contribuir para esses dados estatísticos. No entanto parece-me que para o ano ainda cá estarei eheheh. Não me surpreende e é um valente de um contraste se compararmos com o sociedade dos EUA em que aos 18 anos já ninguém vive com os pais. Um abraço.

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  5. Já diziam os romanos: - Raio de Povo, que não se governa nem se deixa governar...

    Milagres, só mesmo Nossa Senhora de Fátima

    Abraço

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  6. Eu estava deserto para sair de casa (e já tinha casa e tudo) mas as mordomias da mãe eram demasiado tentadoras. Lá me pirei aos 28. O meu irmão fez render o peixe e só saiu para se casar aos 34. Portanto há mais uma causa «meninos da mamã» :-p

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  7. Ter uma casa nossa é uma ambição legítima e não acredito que alguém continue a viver com os pais a não ser por razões económicas, a partir de uma certa idade.
    Eu tornei-me autónomo em termos de casa muito tarde, apenas por volta dos 40...

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  8. Já vai fazer 4 anos que não estou em casa dos meus pais e alguns meses desde que comprei a minha... ás vezes sinto-me pequenino e desejo que nada mude, pelo menos nao para pior, para que consiga sempre cumprir com as minhas responsabilidades... mas é muito dificil!

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  9. X: confesso que também desconhecia que a cifra fosse tão elevada... Mas ter o nosso canto é um excelente privilégio! Um abraço!

    ψ Psimento ψ: falta-te um anito para engrossares as estatísticas! :) E além dos EUA, na Alemanha e na Bélgica também é corrente a independência começar mais cedo, por vontade de ambas as partes. Mas convenhamos que tem de haver uma boa base económica para tal... Abraço!

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  10. Francisco: e mesmo esses demoram o seu tempo! :) Abraço!

    Silvetre: estou fã do teu irmão! E a tua mãe é uma santa! Viva os meninos da mamã! Abraço!

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  11. Pinguim: creio que no cenário económico as razões económicas são mesmo o principal justificativo... E fico mais feliz por saber que há outros exemplos! Mas desde que nos sintamos bem. Mas há dias e dias... Um abraço!

    Ritchie: a carga de responsabilidades que o ter casa implica é de facto o mais assustador, sobretudo quando não se têm as coisas estabilizadas a nível profissional. O que é cada vez mais difícil no cenário actual. Mas quatro anos é uma boa meta! Abraços!

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